Aaron Swartz: Swartz respondia na Justiça por invadir os servidores do MIT; se condenado, a pena podia superar 30 anos (Wiki Commons)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 14h49.
São Paulo - A família do ativista Aaron Swartz divulgou uma carta aberta acusando o governo dos Estados Unidos e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) de colaborarem para o seu suicídio, revelado no último sábado (12).
Segundo o documento, "a morte de Aaron não foi apenas uma tragédia pessoal, mas sim o produto de um sistema de justiça criminal repleto de intimidações e exageros do Ministério Público ", afirma a carta. "As decisões feitas procuradoria dos Estados Unidos e pelo MIT contribuiram para a sua morte", completa.
Swartz respondia na Justiça por ter invadido os servidores do MIT em 2011. Ele teria transferido cerca de 5 milhões de artigos acadêmicos. Se condenado, o jovem poderia pegar mais de 30 anos de detenção, além de pagar multa de 1 milhão de dólares.
Em nota, o presidente do MIT, Leo Rafael Reif, afirmou que a instituição irá investigar o caso. "Agora é hora de todas as partes envolvidas refletirem sobre suas ações, inclusive nós do MIT. Uma comissão irá descrever e analisar as opções de decisões que tínhamos e quais foram tomadas, a fim de entender e aprender com esse caso", afirmou ele.
Nascido em 1986, Swartz foi um dos autores das especificações de RSS, quando tinha apenas 14 anos. Ele também criou o Infogami, serviço que mais tarde deu origem ao misto de fórum e rede social Reddit, depois vendido para o grupo Condé Nast.
O especialista em direito digital Lawrence Lessig, o inventor da web Tim Berners-Lee, o grupo hacker Anonymous, entre outras personalidades da web publicaram mensagens lamentando a morte de Swartz, que tinha depressão e enfrentava crises de enxaqueca.