racioanemento (sxc.hu)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 11h32.
A palavra "racionamento" virou tabu para o governo de São Paulo. A crise do Sistema Cantareira, que hoje (9) bateu mais um recorde negativo de 12,5% da capacidade do reservatório, está tirando o sono de toda a cúpula do governador Geraldo Alckmin. Até agora, nenhum representante veio a público falar em racionamento, mas um documento da Companhia de Saneamento Básico do estado (Sabesp) afirma que "medidas mais drásticas" podem ser levadas a cabo se as chuvas continuarem escassas e os reservatórios, vazios. A informação é da Folha de S. Paulo.
Segundo o relatório de sustentabilidade da Sabesp, a companhia cogita o "rodízio"de água. Apesar de a palavra "racionamento" ser evitada, a companhia ressalta que o rodízio de água é considerado apenas uma hipótese.
O rodízio é a interrupção no fornecimento de água a determinadas localidades durante certos horários, justamente para levar água a outras áreas. Algumas cidades paulistas já estão adotando o sistema neste ano como consequência da estiagem e das altas temperaturas.
Como o Sistema Cantareira abastece a maior parte da população da Grande São Paulo, a crise é considerada um dos pontos mais sensíveis para a reeleição de Alckmin. A ordem era minimizar o problema, apostando no discurso de não haver consenso sobre a possibilidade de racionar água. Por mais de uma vez, o governador declarou textualmente que não havia esse risco no estado.
Enquanto o racionamento é o pesadelo do tucano, o petista Alexandre Padilha vem capitalizando em cima dos índices cada dia mais baixos de Cantareira. Em suas viagens pelo interior de São paulo, o ex-ministro da Saúde e pré-candidato a governador já disse que Alckmin "falta com sinceridade e franqueza" e atribui à "falta de obras" o quadro de racionamento que vem se desenhando no estado.
(Por Diego Iraheta)