Tecnologia

Fallen Company: a empresa de periféricos gamers criada por um gamer

Fundada pelo jogador profissional de Counter-Strike, Gabriel “Fallen” Toledo, a marca que vende acessórios para os fãs de jogos aposta em curadoria para se destacar

Gabriel "FalleN" Toledo, jogador profissional de Counter Strike (Foto/Reprodução)

Gabriel "FalleN" Toledo, jogador profissional de Counter Strike (Foto/Reprodução)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 22 de novembro de 2021 às 09h45.

Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 08h54.

O sucesso de Gabriel "Fallen" Toledo, jogador profissional de Counter Strike, é inquestionável no mundo dos jogos de tiro em primeira pessoa. Segundo o site Esports Earnings, FalleN é o pro player brasileiro que mais faturou neste universo: sua fortuna conquistada em competições ultrapassa a marca dos US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 5,9 milhões), em uma carreira que em 2021 completou 18 anos.

Inovação abre um mundo de oportunidades para empresas dos mais variados setores. Veja como no curso Inovação na Prática.

Mas o talento do paulista não se limita ao controle do teclado e mouse. Há também um faro apurado para os negócios, que se valem, principalmente, da credibilidade que seu nome representa no cenário gamer brasileiro e internacional. É o caso da Fallen Company, um e-commerce e marca de periféricos para jogos que, além do nome, aposta na consulta do e-atleta junto da comunidade de fãs para a escolha de cada lançamento.

A marca é uma espécie spin-off  da Games Academy, outra empresa de Gabriel, fundada em 2012, que oferece cursos para aprimorar habilidades no Counter Strike. De início, funcionava como uma revenda, com um estoque que cabia em um pequeno quarto. Contudo, a alta demanda por produtos de esporte eletrônico, principalmente teclados, fones de ouvido e mouses, num mercado que cresce a passos largos e hoje vale 2 bilhões de dólares só no Brasil, pedia pelo lançamento de uma linha própria.

Foi o que aconteceu em 2016, com o lançamento do GFallen, um teclado do tipo mecânico, o preferido dos jogadores, e que teve os estoques zerados em uma semana. "Havia um mercado carente e o Gabriel sempre teve essa característica de passar informações sobre os acessórios que ele usa para comunidade, dando a experiência dele com o produto. Quando ele chegou com a marca, devido a essa confiança, a comunidade abraçou a ideia rapidamente", afirma Kenia Toledo, CEO da empresa. 

De lá pra cá, a empresa, que conta com parceiros white label na China para o desenvolvimento dos produtos, cresceu 300% entre 2019 e 2020, e hoje fatura em torno de 10 milhões de reais por ano.

Um sinal da boa fase foi o anúncio recente de uma parceria com a gigante Valve Corporation, uma das maiores desenvolvedoras e publicadoras da indústria dos games. A união tornou a marca responsável pela fabricação e distribuição de produtos de títulos como Counter Strike: Global Offensive e Dota 2, principais franquias da empresa americana. Os lançamentos dão conta de roupas e acessórios de vestuário relacionados aos jogos.

"A empreitada com a Valve traz para os fãs de e-sports uma chance de consumo muito parecida com a de fãs de esportes como o futebol. Agora existem produtos relacionados ao estilo de vida de quem gosto de jogos", conta Thiago Pereira, gerente de marca.

Fallen, que foi eleito em 2017 pela revista Forbes como um dos jovens mais influentes do universo dos games em todo o mundo, parece ter uma mira certeira onde quer que atire.

Acompanhe tudo sobre:GadgetsGamesJogos

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes