Tecnologia

Falha de segurança pode afetar 99% dos usuários Android

Brecha permite a crackers explorar as senhas dos usuários quando estes estiverem conectados a uma rede Wi-Fi não-segura

A vulnerabilidade afeta qualquer smartphone com Android e que não tenha feito a atualização para a versão Gingerbread 2.3.4 (Reprodução)

A vulnerabilidade afeta qualquer smartphone com Android e que não tenha feito a atualização para a versão Gingerbread 2.3.4 (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 17h56.

São Paulo - Pesquisadores da Ulm University Institute of Media Informatics, na Alemanha, descobriram uma nova falha no Android que permite aos crackers explorar o authToken dos usuários quando estes estiverem conectados a uma rede Wi-Fi não-segura.

Os authToken são usados para fazer login em sites como Facebook, Twitter e aplicações do Google, como o calendário e contatos. A brecha de segurança encontrada pelos pesquisadores se localiza dentro da autenticação do login cliente (ClientLogin) utilizado pelos serviços do Google para acessar as APIs.

Desta forma, a vulnerabilidade afeta qualquer smartphone com sistema Android e que não tenha feito a atualização para a versão Gingerbread 2.3.4. Os pesquisadores não souberam pontuar se o mesmo ocorre no sistema para tablets Honeycomb 3.0.

Considerando que a grande maioria dos aparelhos Android ainda não foram nem atualizados para o Gingerbread 2.3, os pesquisadores puderam afirmar que cerca de 99% dos usuários estariam vulneráveis a ataques.

De acordo com os pesquisadores, eles pretendiam checar se era possível criar um ataque personificado contra os serviços do Google e descobriram que além de possível, o caminho era bastante simples.

Os tokens utilizados pelo ClientLogin ficam armazenados por duas semanas e essa brecha de segurança permite que crackers invadam o smartphone e acessem os tokens mesmo se não houver transferências de informação e sem estar utilizando uma conexão de rede não-segura.

Segundo os pesquisadores, este tipo de ataque é similar ao conhecido “Sidejacking”, que rouba os cookies das sessões dos websites e era o mesmo identificado nos ataques que ocorreram no plugin Firesheep, que expunha os dados pessoais dos usuários do Firefox.

Para não cair em golpes, os pesquisadores sugerem que os usuários evitem utilizar redes abertas e para desativar a sincronização automática dos aplicativos. Quando aplicações utilizam a sincronização automática do authToken em uma rede aberta, eles permitem que o usuário fique vulnerável para qualquer pessoa.

Para os desenvolvedores, os pesquisadores sugerem que utilizem sempre conexões seguras HTTPS e usem autenticações Auth em vez de authToken e que diminuam o tempo que esses logs ficam armazenados no aparelho.

Acompanhe tudo sobre:AndroidGoogleHackersIndústria eletroeletrônicaseguranca-digitalSmartphones

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes