TIM: telefones sem fio operam na faixa de 1,9 MHz, a mesma da banda F, arrematada pela TIM na área de DDD 11 no leilão de 2007, explica relator da matéria (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h38.
São Paulo - Na próxima semana, a Anatel deverá julgar uma reclamação da TIM sobre interferência que os terminais 3G da operadora têm sofrido em São Paulo causada pelos telefones fixos sem fio.
Como explica o conselheiro Marcelo Bechara, relator da matéria, os telefones sem fio operam na faixa de 1,9 MHz, que é a mesma da banda F, arrematada pela TIM na área de DDD 11 no leilão de 2007.
Os telefones que dão interferência são aqueles importados, produzidos de acordo com o arranjo de faixa usado nos EUA – o chamado PCS – e, por isso, dão interferência no 3G do Brasil – que tem as faixas harmonizadas com a Europa.
Esses aparelhos podem chegar no Brasil na mala de viajantes ou importados por vias ilegais, já que não são homologados pela Anatel.
O problema é grave, já que afeta toda a área de um setor de cobertura da antena – que normalmente trabalha com três setores. A interferência acontece quando os telefones sem fio estão em uso.
A preocupação da TIM, que fez a denúncia à Anatel no ano passado, é de que a interferência possa prejudicar o seu desempenho nos indicadores de qualidade da agência. Além disso, obviamente, a empresa pagou R$ 225 milhões (34,13% de ágio) por algo que agora não consegue usar.
O conselheiro Marcelo Bechara não revelou que solução será proposta em seu voto. Como é impossível recolher os aparelhos sem fio importados que estão em uso, a expectativa é de que a Anatel vá encontrar uma outra faixa livre de interferência.
No leilão de 2007, a banda F era a maior banda disponível com 15 MHZ + 15 MHz, enquanto as demais tinham 10 MHz + 10 MHz. A comunicação da estação móvel para a estação radiobase (ERB) ocorre na faixa de 1.920 MHz a 1.935MHz, e o inverso de 2.110 MHz a 2.125 MHz.