Tecnologia

Facebook tem um plano para conectar o mundo – de novo

Nova tecnologia é apresentada pelo Facebook para diminuir custos de implementação de antenas e estruturas de telecomunicações para operadoras e empresas

OpenCellular: tecnologia do Facebook será aberta para baratear telecomunicações (Reprodução/Facebook)

OpenCellular: tecnologia do Facebook será aberta para baratear telecomunicações (Reprodução/Facebook)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 6 de julho de 2016 às 17h34.

São Paulo – O Facebook tem uma nova estratégia em seu ambicioso plano de conectar os bilhões de pessoas que não têm acesso à internet. Hoje, Mark Zuckerberg (o CEO e cofundador da empresa) anunciou a tecnologia OpenCellular.

“Uma plataforma de acesso sem fio open source para trazer conectividade a áreas remotas do mundo”, escreveu Zuckerberg em um post publicado em seu perfil no Facebook.

A ideia é que qualquer organização ou pessoa possa usar a tecnologia. Ou seja, empresas de telecomunicações poderiam usar a OpenCellular para conectar seus clientes, assim como pesquisadores independentes poderiam usar em seus trabalhos.

À primeira vista, a OpenCellular poderia ser explorada a partir de diversos vieses. Na prática, será preciso tempo para ver em qual direção a tecnologia será melhor aproveitada.

Mas como funciona a pequena caixinha? Ela pode ser conectada a postes ou outras estruturas para fornecer conexão à internet. A tecnologia presente na caixa permite que ela sirva para conexão com velocidades mais lentas, como uma rede 2G, até uma opção mais sofisticada e com maior velocidade, como um LTE (4G).

Ao não cobrar pelo uso da tecnologia, o Facebook dá aos desenvolvedores, empresas e outras companhias a possibilidade de fornecer acesso à internet com menos custos. O design da caixa, por exemplo, será aberto e usado por qualquer um futuramente. Toda a parte de software necessária para o funcionamento também é disponibilizada de graça.

“Infraestrutura tradicional para redes celulares pode ser bastante cara, o que dificulta que operadoras implementem a tecnologia em todos os locais e também que pequenas organizações e indivíduos superem desafios de conectividade hiperlocalizada”, escreve Kashif Ali, engenheiro do Facebook, em um texto oficial.

Com o objetivo de conectar os 4 bilhões de pessoas que ainda não têm acesso à internet, o Facebook quer diminuir o custo necessário para a disponibilização de redes móveis.

“Ao deixar o desenvolvimento de hardware e software em open source para essa tecnologia, nós esperamos diminuir custos para operadoras e deixar esse mercado acessível para novos participantes”, diz Ali.

Para mais informações, leia este texto (em inglês) sobre a novidade.

(Divulgação/Facebook)

Conectar os desconectados

Mark Zuckerberg (e consequentemente o Facebook) tem como meta pessoal conectar as pessoas do mundo que não têm acesso à internet. Além de um lado filantrópico, conectar 4 bilhões de pessoas seria ter mais 4 bilhões de possíveis usuários do Facebook.

Para isso, a empresa trabalha com diversas tecnologias. Uma das iniciativas quer usar drones alimentados por energia solar para levar internet a pontos afastados do mundo.

Outro projeto, com mais corpo, é a internet.org, que já funciona em alguns países da África e da Ásia. Neste caso, a ideia é fazer parcerias com para fornecer serviços básicos na internet para pessoas que não podem bancar um acesso completo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetmark-zuckerbergPersonalidadesRedes sociaisTelecomunicações

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble