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Facebook rebatiza carteira digital e mostra que não desistiu da libra

Quase um ano após o anúncio da criptomoeda, a companhia de Mark Zuckerberg resolveu rebatizar a carteira virtual Calibra

Libra: moeda digital ganhou uma nova carteira digital (Thomas Trutschel/Getty Images)

Libra: moeda digital ganhou uma nova carteira digital (Thomas Trutschel/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 26 de maio de 2020 às 15h48.

O Facebook ainda acredita que pode fazer seu projeto de moedas digitais decolar. Nesta quarta-feira (26), a companhia de Mark Zuckerberg anunciou que a carteira digital Calibra, usada para transacionar unidades da moeda virtual libra, vai passar a se chamar Novi. É um um novo plano de reposicionamento da companhia no mercado de criptomoedas.

Segundo informado pelo Facebook, o novo nome é inspirado nas palavras latinas “novus”, que significa novo; e “via”, que pode ser traduzida para caminho. O logo permanece com a cor roxa, mas sofreu alterações e passou a contar com um ícone que traz uma referência mais clara à libra.

Ao que foi explicado, a mudança da identidade visual não parece afetar o funcionamento da carteira. “Embora tenhamos mudado o nome inicial 'Calibra', nós não mudamos nosso compromisso em ajudar pessoas de todo o mundo a ter alcance a serviços financeiros acessíveis”, informou a companhia em nota.

(Novi)

A expectativa é de que a carteira digital permita transacionar valores em um aplicativo próprio e por serviços ligados à empresa, como os aplicativos de mensagens Messenger e WhatsApp. “Não haverá cobranças para enviar, adicionar, receber ou sacar dinheiro”, informou o Facebook.

Do lado da segurança, os clientes da Novi precisarão passar por um processo de verificação de documentos de identificação – algo semelhante ao que alguns bancos já fazem quando realizam a abertura de uma conta digital.

Por ora ainda não há previsão de quando a carteira será lançada. O Facebook apenas informa que o desejo da companhia é apresentar uma versão inicial da carteira “quando a rede libra estiver disponível”. Isso, porém, pode demorar a acontecer.

Anunciada em junho de 2019, a libra teria seu valor regulado por um consórcio de dezenas de companhias ao redor do mundo, algo totalmente diferente do que ocorre com a bitcoin, por exemplo, que tem seu valor regulado apenas pelos movimentos de compra e venda do mercado. A organização funcionaria como um consórcio, seria chamada de Libra Association e teria sede em Genebra, na Suíça.

O problema é que quatro meses depois do anúncio, em outubro do mesmo ano, diversas empresas envolvidas no projeto anunciaram que não estavam deixando a iniciativa. Entre elas, as operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard e os serviços financeiros PayPal, MercadoPago, além dos sites eBay e Booking.com.

No mesmo mês, Zuckerberg depôs ao governo dos Estados Unidos sobre o projeto. Em diversas vezes ele afirmou que o Facebook não possui qualquer controle sobre a moeda, que entende a saída de empresas e que está aberto a conversar com órgãos reguladores que desejam que a moeda esteja apoiada ao dólar americano.

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