Facebook ( Spencer E Holtaway via Flickr)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2015 às 12h29.
O Facebook tem conversado com diversas publicações, como Buzzfeed, National Geographic e The New York Times para exibir seus conteúdos diretamente dentro da rede social. Com isso, não seria preciso clicar em links para abrir um navegador e só então poder ler.
De acordo com reportagem do The New York Times, os artigos de notícias no Facebook são linkados ao próprio site da editora, e são abertos em um navegador da web, normalmente levando cerca de oito segundos para carregar. O Facebook acha que isso é muito tempo, especialmente em um dispositivo móvel, e que, quando se trata de capturar os olhos dos leitores, milissegundos são importantes.
A iniciativa poderia incluir, ainda, esquemas de divisão de receitas. As habituais propagandas que os editores colocam em seus artigos seriam removidas e substituídas por um único anúncio em formato personalizado para cada história.
Além de hospedar conteúdo diretamente no Facebook, a empresa está conversando com os editores sobre outras formas técnicas para acelerar a entrega dos seus artigos, ainda segundo o jornal.
Edward Kim, executivo-chefe da empresa de análise e distribuição SimpleReach, disse ao NYT que há muitas implicações para os editores nesse projeto. "A questão se resume a como o Facebook irá estruturar isso, e em como eles podem garantir que é uma vitória para ambos os lados, disse ele.
Algumas organizações de notícias reagiram friamente à proposta, ainda de acordo com o jornal. Vários funcionários do The Guardian, por exemplo, têm sugerido informalmente para colegas de outras publicações que os editores devem se unem para negociar acordos que funcionem para toda a indústria, e devem manter o controle de sua própria publicidade quer o conteúdo esteja hospedado no Facebook ou não, disse uma pessoa com conhecimento das discussões.
Representantes do The New York Times e do BuzzFeed se recusaram a comentar o caso com o NYT na segunda-feira (23). O The Guardian e o National Geographic não responderam imediatamente a perguntas sobre as conversas com o Facebook.