mysql (jimw / Flickr)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 17h53.
O Facebook anunciou nesta semana o lançamento do WebScaleSQL. O sistema de gerenciamento de bancos de dados é baseado no MySQL, mas se mostra mais voltado a bases de informações gigantes exatamente como a mantida pela própria rede social.
O projeto não tem apenas o dedo da empresa de Zuckerberg, no entanto, sendo desenvolvido com a colaboração de equipes do Google, do Twitter e do LinkedIn. Os funcionários de todas essas companhias, segundo texto do engenheiro de software Steaphan Greene, encaram desafios parecidos ao rodar o sistema de gerenciamento em escala maior e buscam por melhor desempenho com uma tecnologia de banco de dados adaptada a suas necessidades.
Segundo Greene, o WebScaleSQL consiste basicamente em mudanças no código do braço do MySQL (a versão 5.6) usado por todas essas empresas. As alterações foram disponibilizadas como open source no GitHub, para que toda a comunidade construída em torno do RDBMS possa aproveitá-la, entendê-la ou modificá-la já que a solução para as companhias pode não ser útil para outros usuários e administradores. Além disso, como era de se supor, quem tiver interesse pode colaborar com o desenvolvimento da ferramenta.
Mudanças no código original, no entanto, precisarão ser avaliadas por outros engenheiros de software, em um sistema democrático. De acordo com o funcionário do Facebook, essas discussões já renderam boas novas funcionalidades, mesmo quando feitas apenas entre as quatro companhias. Os recursos estão listados no post do engenheiro, e incluem um framework automatizado que executa e publica resultados de testes no sistema integrado do MySQL, além de um conjunto inteiro de avaliações de stress e um protótipo de um recurso para testes de performance automáticos.
Novas implementações ainda devem ser feitas pelos engenheiros das quatro empresas e por colaboradores. Enquanto isso e mesmo depois , o WebScaleSQL seguirá aberto e sendo adaptado às versões mais recentes do sistema de gerenciamento de bases de dados. Se quiser saber mais, acesse a página do projeto ou o repositório dele no GitHub.
Facebook Hack Alguns dias antes do lançamento dessa variação do MySQL, o Facebook havia anunciado uma espécie de linguagem de programação própria. Batizada de Hack, ela já vinha sendo usada pelos engenheiros da empresa há alguns meses, e nada mais é do que uma modificação do PHP, com diferenças mínimas no código. Alguns recursos a mais, no entanto, ajudam a tornar mais eficiente a detecção de erros, melhorando consideravelmente o fluxo de trabalho quer dizer, isso segundo o post feito por dois engenheiros da rede social.
O Hack também teve uma versão open source disponibilizada. Caso queira testar ou ao menos conhecer a linguagem, acesse aqui o site oficial do projeto um botão leva para a instalação, enquanto outro mostra um tutorial com 24 lições práticas.