Facebook: serviço já foi testado por mais de um ano dentro de grupos (Dado Ruvic/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2016 às 14h14.
O Facebook está lançando um recurso chamado Marketplace que permitirá que os usuários publiquem itens para venda e busquem coisas para comprar, como no Craigslist.
A maior empresa de rede social do mundo está apostando na falta de memória coletiva da internet. O Facebook criou um serviço similar -- também chamado Marketplace -- em 2007, mas que nunca decolou e foi repassado a um terceiro chamado Oodle em 2009.
Desta vez pode ser diferente. Primeiro, o antigo Marketplace funcionava apenas em computadores e a maioria dos usuários do Facebook atualmente utiliza dispositivos móveis, plataforma para a qual o Craigslist sequer preparou um aplicativo.
Segundo, os telefones oferecem ao Facebook dados melhores sobre a localização dos usuários, o que possibilita a apresentação de oportunidades de compra e venda na área em que eles estão.
O Facebook afirma estar confiante de que o serviço está pronto para o horário nobre após testar os recursos do mercado por mais de um ano dentro de grupos do Facebook.
Mais de 450 milhões de pessoas visitam grupos de compra e venda no Facebook todos os meses, escreveu Mary Ku, diretora de gestão de produtos, em uma postagem de blog.
Contudo, o Facebook historicamente enfrentou problemas para fazer com que os recursos comerciais decolem, em parte porque seus usuários veem o site como um lugar para conversar com os amigos, não para comprar.
As ações do eBay, um dos primeiros mercados online, chegaram a cair 3,5 por cento, para US$ 31,75, no início das negociações após o anúncio do Facebook.
O Facebook não ganhará dinheiro com o Marketplace porque permitirá que compradores e vendedores fechem as transações como preferirem, inclusive fora do site.
A partir desta segunda-feira, as pessoas podem acessar o serviço por meio do ícone “shop” na parte de baixo do aplicativo móvel, mas por enquanto apenas nos EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.