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Facebook inicia “sala de guerra” contra manipulação em eleições

O software da empresa vai funcionar, inclusive, no primeiro turno das eleições brasileiras, no dia 7 de outubro

LOGO DO FACEBOOK: Segundo Chakrabarti, ainda este mês, a empresa vai introduzir o software mais recente dos painéis de monitoramento (Dado Ruvic/Reuters)

LOGO DO FACEBOOK: Segundo Chakrabarti, ainda este mês, a empresa vai introduzir o software mais recente dos painéis de monitoramento (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 05h54.

Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 06h06.

Em um grande esforço para melhorar sua imagem, o Facebook vem lançando várias iniciativas para conter a disseminação de notícias falsas e impedir manipulações eleitorais, como aconteceu no pleito americano em 2016.

Agora, a novidade é uma “sala de guerra”, que entra em operação nesta segunda-feira (24). Construída entre dois prédios que são o coração da sede do Facebook, na Califórnia, a sala vai reunir profissionais de diversas áreas, como engenharia, políticas públicas e processamento de dados, e será equipada com painéis de controle que permitem monitorar atividades na plataforma. Por meio deles, a equipe poderá localizar, em tempo real, uma notícia falsa específica que esteja repercutindo, por exemplo.

Para se ter ideia da magnitude do projeto, Samidh Chakrabarti, diretor de eleições e compromisso cívico da empresa, afirmou que a iniciativa será “o maior esforço transversal de todos os departamentos que esta empresa já viu desde a passagem do computador para o celular”.

A “sala de guerra”, nome dado pelo próprio Facebook, vai trabalhar para localizar rapidamente problemas imprevistos em dias de eleição em diferentes países. Inclusive no primeiro turno do pleito brasileiro, no dia 7 de outubro. Segundo Chakrabarti, ainda este mês, a empresa vai introduzir o software mais recente dos painéis de monitoramento. Trata-se de uma corrida contra o tempo para estar com tudo preparado para as eleições de meio mandato dos Estados Unidos, marcadas para novembro.

O Facebook está numa “campanha” para mostrar que mudou de postura em relação à segurança eleitoral. Em julho, lançou ferramentas para dar mais transparência às postagens de conteúdo eleitoral pagas, que agora mostram o CPF ou CNPJ do candidato ou partido que investiu dinheiro para impulsioná-las. As postagens também passaram a aparecer com os dizeres “propaganda eleitoral”. Depois dos EUA, o Brasil foi o segundo país no qual a ferramenta foi introduzida.

Na semana passada a empresa anunciou uma série de medidas que tem realizado para garantir a segurança eleitoral no Brasil. Entre elas: remoção de perfis falsos que se fazem passar por candidatos e de páginas criadas originalmente para fãs de música ou futebol, mas que alteraram seus nomes para apoiar diferentes presidenciáveis; eliminação de aplicativos que incentivavam o voto virtual e de fotos manipuladas de presidenciáveis com números de urna trocados para confundir eleitores.

Para uma rede social que se tornou antro de disseminação de notícias falsas e de formação de bolhas de conteúdo, os esforços por mais segurança e transparência são também uma estratégia para conter uma crescente insatisfação de seus usuários.

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