Tecnologia

Facebook cresce 30% em São Paulo, mas Orkut continua sendo a rede mais utilizada

Pesquisa da Fecomercio aponta que 82,73% dos paulistas fazem parte das redes sociais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 18h14.

Quase todos os paulistanos estão nas redes sociais, segundo a "III Pesquisa sobre Hábitos dos Paulistanos na Internet", realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). São 82,73% ou pouco mais de 9,35 milhões que fazem parte de ao menos uma das redes. Entre as pessoas com mais de 18 anos e menos de 35, o total é ainda maior, 89,54%.

Já entre o público que tem entre 35 e 70 anos, o total saltou de 61,05% em 2010 para 73,27%, uma diferença de 12,22 pontos porcentuais.

A rede social mais utilizada continua sendo o Orkut, com 74,91% de penetração. O número, contudo, tem diminuído ano após ano e, na comparação com 2010, é 7,17 pontos porcentuais menor. Em caminho inverso, o Facebook tem conquistado cada vez mais frequentadores.

Somente este ano, o site de relacionamentos criado por Mark Zuckerberg registrou um aumento de 30,06 pontos porcentuais na capital paulista, e agora atinge 54,04% de sua população. O Twitter é usado por 19,06% dos paulistanos e o comunicador MSN, por 66,10%.



Compras virtuais

O e-commerce já atinge pouco mais da metade dos paulistanos, de acordo com o levantamento. De acordo com o estudo, que será divulgado durante o “III Congresso de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção”, nos dias 10 e 11 de outubro, na sede da FecomercioSP, 51,5% dos paulistanos têm o hábito de realizar compras pela internet.

A praticidade é o motivo que atrai a maior parte dos paulistanos, 54,46%, para o e-commerce. O número é 8,84 pontos porcentuais superior ao registrado em 2010, indicando que esta é uma característica cada vez mais valorizada na capital do Estado.

Preço e confiança na empresa são o segundo e terceiro motivos que mais atraem consumidores para os sites de compras. Sendo que o preço, frequentemente menor do que em lojas físicas, é apontado por 27,52% como a motivação para este tipo de compras dos paulistanos e a confiança por 16,47%. Entretanto, a importância desses fatores tornou-se, respectivamente, 2,76 e 6,84 pontos porcentuais menor do que no mesmo período do ano anterior.

Entre as razões para não aderir ao e-commerce, o receio de fraudes é o que influencia a maior parte da população, 52,69%. Medo que vem sendo reduzido, já que, em 2010, ele atingia 63,74% dos paulistanos. A necessidade de ver pessoalmente o produto antes da compra é apontada com um fator impeditivo por 23,15% das pessoas e o custo final da compra, após somar o frete ao preço do produto, por 17,66%.


A Assessoria Técnica da FecomercioSP pondera, entretanto, que a falta de informações claras e objetivas a respeito dos produtos e serviços que são oferecidos na internet ainda é um grande problema, sendo que 43,51% dos paulistanos não se sentem satisfeitos com as dados fornecidos sobre as mercadorias nos sites de compra. O número é 8,35 pontos porcentuais maior do que o registrado em 2010, demonstrando uma crescente insatisfação com relação à essas informações.
Segurança

Mais de 300 mil famílias paulistanas têm ao menos um membro que já foi vítima de algum crime eletrônico. Segundo a pesquisa, os homens são mais suscetíveis a essas práticas do que as mulheres, sendo que 9,72% da população masculina dizem já ter sido vítima de um crime eletrônico enquanto 7,28% das mulheres afirmam o mesmo.

O desvio de dinheiro da conta bancária é o crime mais comum, atingindo 24,71% dos que afirmam já terem sido vítimas de um crime eletrônico. Em seguida, empatados com 15,29%, estão a clonagem de páginas pessoais em sites de relacionamento e a não entrega de produtos comprados. As compras indevidas creditadas em cartões de crédito já atormentaram 14,12% dessa faixa da população. Uso indevido de dados pessoais (12,94%), clonagem de cartão (7,06%) e as compras em lojas que não existem (2,35%) são outros crimes relatados com frequência.

O Boletim de Ocorrência (BO) foi feito por 37,65% das vítimas de crimes eletrônicos. Com relação à clonagem de páginas pessoais, em 20% das vezes a solução foi encerrar a conta no site. Os cartões de crédito ou débito são cancelados em 15,29% das ocorrências. O banco fez o reembolso em 9,41% dos casos, a operação foi cancelada com a operadora do cartão de crédito em 4,71% das vezes.


Após ter sido vítima de um crime eletrônico, 29,41% das vítimas não voltam a realizar compras pela internet. O número é 5,01 pontos menor do que o registrado no ano passado e demonstra que os paulistanos estão aprendendo com os erros e procurando se proteger ao invés de simplesmente abandonar as vantagens oferecidas pela internet. Apesar disso, o total de pessoas que usa algum software de proteção, como os antivírus, caiu de 79,45% para 76,85%.

A pesquisa foi realizada no mês de maio de 2011 com 1.000 entrevistados no município de São Paulo com o objetivo de identificar os hábitos de consumo pela internet e questões relacionadas aos crimes eletrônicos.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookFecomércioGoogleInternetMetrópoles globaisOrkutRedes sociaissao-paulo

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes