Smartphone com acesso ao Facebook: mecanismo utiliza tecnologia de reconhecimento facial para acelerar o processo de marcação de amigos (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 16h15.
San Francisco - O Facebook considera incorporar as fotos do perfil da maior parte de seus 1 bilhão de membros em sua base de reconhecimento facial, expandindo o escopo desse controverso recurso da rede social.
A decisão, divulgada em uma atualização de sua política de uso de dados nesta quinta-feira, tem como objetivo melhorar o desempenho de sua ferramenta de sugestões de marcação. O mecanismo utiliza tecnologia de reconhecimento facial para acelerar o processo de marcação de amigos e conhecidos que aparecem em fotos postadas na rede.
A tecnologia atualmente identifica rostos automaticamente nas fotos publicadas ao compará-los com fotos anteriores nas quais os usuários foram marcados. Os usuários do Facebook podem escolher remover as marcações que os identificam em fotos publicadas por terceiros.
As mudanças ocorrem em um momento em que as políticas de privacidade do Facebook e de outras empresas de Internet estão sob escrutínio, após a divulgação de que os Estados Unidos mantêm um programa de vigilância de internautas.
Facebook, Google e outras empresas afirmam nunca ter participado de qualquer programa que desse ao governo acesso direto a seus servidores e que só fornecem informação como resposta a pedidos específicos, de acordo com a lei.
A diretora de privacidade do Facebook, Erin Egan, disse que adicionar fotos do perfil dos membros daria aos usuários mais controle sobre sua informação pessoal, tornando mais fácil identificar as fotos em que aparecem.
"Nosso objetivo é facilitar a marcação para que as pessoas saibam quando há fotos delas no nosso serviço", disse Egan.
Ela acrescentou que os usuários não confortáveis com a tecnologia de reconhecimento facial poderão desabilitar a opção, nesse caso a foto do perfil da pessoa não será adicionada à base de dados de reconhecimento facial.
A ferramenta de reconhecimento facial tem sido uma questão polêmica para as empresas de tecnologia, levantando preocupações de autoridades e especialistas. A sugestão de marcação, introduzida pela empresa em 2011, não está disponível na Europa devido a preocupações de reguladores do continente.