Tecnologia

Fabricantes de robôs demoram a enfrentar risco cibernético

Pesquisadores disseram que vulnerabilidades permitem que hackers espionem os usuários, desativem segurança e orientem os robôs a agir violentamente

Lucas Apa, pesquisador da IOActive, durante demostração com robôs (Jeremy Wagstaff/Reuters)

Lucas Apa, pesquisador da IOActive, durante demostração com robôs (Jeremy Wagstaff/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 22h11.

Cingapura- Pesquisadores que alertaram meia dúzia de fabricantes em janeiro sobre quase 50 vulnerabilidades em seus robôs domésticos, comerciais e industriais disseram que apenas alguns dos problemas foram tratados.

Os pesquisadores Cesar Cerrudo e Lucas Apa, da empresa de segurança cibernética IOActive, disseram que as vulnerabilidades permitem que hackers espionem os usuários, desativem ferramentas de segurança e orientem os robôs a agir violentamente, colocando usuários e demais presentes em perigo.

Eles dizem que não há sinais de que hackers exploraram as vulnerabilidades, mas afirmam que o fato de que robôs podem ser invadidos facilmente e a ausência de resposta das fabricantes levantam questões sobre a permanência dessas máquinas em lares, escritórios e fábricas.

"Nossa pesquisa mostram provas de que mesmo os robôs não militares poderiam ser armados para causar danos", disse Lucas Apa em uma entrevista.

"Esses robôs não usam balas ou explosivos, mas microfones, câmeras, braços e pernas. A diferença é que eles estarão em breve ao nosso redor e precisamos assegurá-los antes que seja tarde demais", disse Apa em uma entrevista.

Alguns dos fabricantes de robôs se defenderam, dizendo que corrigiram algumas ou todas as questões levantadas.

Os comentários de Apa vieram na esteira de uma carta assinada por mais de 100 especialistas em robótica pedindo que a Organização das Nações Unidas proíba o desenvolvimento de robôs militares assassinos, ou armas autônomas.

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