regram (Reprodução / Instagram)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 10h39.
Um regram de uma foto normalmente não resulta em perdas de qualidade notáveis. Mas o que o algoritmo de compressão do Instagram faria com uma imagem repostada algumas dezenas de vezes a mais? O artista Pete Ashton fez o teste para seu projeto I am Sitting in Stagram e o resultado final, após 90 repostagens, você confere acima.
A proposta é similar a de outro projeto realizado no YouTube em 2010 pelo compositor Patrick Liddell, e exemplifica bem o conceito de generation loss ou, em tradução livre, "perda geracional", a ideia de que dados perdem qualidade conforme são copiados. Experimentos assim, porém, não são novos, e Alvin Lucier já havia demonstrado essa perda gravando e regravando um mesmo áudio em seu I Am Sitting in a Room, de 1969, segundo o site PetaPixel.
Lucier, por sinal, é o senhor da foto usada por Ashton no teste do Instagram. O processo para a rede social de fotos envolveu publicar a imagem, depois tirar uma captura de tela com um iPhone, cropá-la e republicá-la outras nove dezenas de vezes. O teste ainda foi realizado com outra película, e o estrago feito pela compressão foi basicamente o mesmo.
Em seu blog, o artista relatou o que (aparentemente) acontece com a imagem. Segundo ele, o Instagram primeiro renderiza o JPEG na tela do iPhone, a captura cria um PNG a partir dos dados e, antes da postagem, o app converte o arquivo para um formato editável. O resultado cropado é salvo possivelmente em JPEG e enviado ao servidor, onde é convertido e otimizado para transmissão pela rede e então todo o processo recomeça.