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Exército americano usa carro-robô no Afeganistão

O exército dos Estados Unidos está despachando quatro carros-robôs para o Afeganistão, no primeiro teste prático com esses veículos numa zona de conflito

A versão atual do carro-robô SMSS não possui armas, mas a Lockheed Martin já desenvolve modelos armados (Lockheed Martin)

A versão atual do carro-robô SMSS não possui armas, mas a Lockheed Martin já desenvolve modelos armados (Lockheed Martin)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 13 de agosto de 2011 às 07h48.

São Paulo — Ainda que os carros que se dirigem sozinhos não estejam prontos para andar pelas ruas, eles já são vistos como uma opção interessante para uso no campo de batalha. O exército americano está despachando quatro desses veículos robóticos para o Afeganistão, num primeiro teste do gênero numa zona de conflito.

Fabricado pela Lockheed Martin, o Squad Mission Support System (SMSS), que será usado pelo exército, é um veículo de transporte com 3,4 metros de comprimento. Ele é capaz de carregar meia tonelada de carga. Servirá para abastecimento de tropas, transporte de feridos e movimentação de cargas em geral. Também vai funcionar como gerador de energia, recarregando baterias de equipamentos usados pelos militares. Um dos objetivos é aliviar o peso transportado pelos soldados, que passa, com frequência, de 45 quilos.

O SMSS pode ser controlado de quatro maneiras. A primeira é o carro simplesmente seguir um soldado que anda à sua frente. Segundo a Lockheed Martin, isso é feito sem que o militar precise transportar um transmissor de rádio ativo – algo que poderia denunciar sua localização ao inimigo. Para isso, o carro-robô possui sensores que captam uma imagem tridimensional do soldado, mantendo-o em foco. O veículo também pode ser teleguiado ou dirigido manualmente. Pode, ainda, seguir uma trilha previamente programada usando o GPS.

Por enquanto, o SMSS opera desarmado. Aparentemente, na avaliação dos militares, ainda não chegou a hora de confiar num robô portando armas. Mas essa hora vai chegar. A visão de longo prazo da Lockheed Martin inclui modelos armados, que já estão em desenvolvimento. Para que sejam aprovados para uso prático, a empresa trabalha no aperfeiçoamento de sistemas de vigilância e reconhecimento de alvos. Afinal, um robô atirando nas pessoas erradas seria a materialização dos piores pesadelos sobre essas máquinas. 

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