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Ex-informante do WikiLeaks considera que vigilância em massa aumentou

Chelsea Manning acrescentou que agora está assombrada com a "dramática mudança de estilo de controle e a agressiva vigilância (governamental)"

 (U.S. Army/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de maio de 2018 às 10h43.

A vigilância em massa está aumentando "sobretudo nos Estados Unidos", avaliou na última quinta-feira (24) a ex-informante do WikiLeaks Chelsea Manning para uma plateia em Montreal, onde pediu a limitação do desenvolvimento da inteligência artificial.

"Há dez anos, eu trabalhava na Inteligência militar e podia sentir o poder e ver como a tecnologia era implementada", disse Manning, que esteve presa por vazar informação secreta, na conferência de negócios C2 de Montreal.

Manning acrescentou que agora está assombrada com a "dramática mudança de estilo de controle e a agressiva vigilância (governamental)".

Ela pediu a programadores e cientistas dedicados à inteligência artificial e aprendizagem automatizada "a considerar as implicações étnicas da tecnologia que estão construindo e desenvolvendo".

Manning, hoje com 30 anos, foi analista de Inteligência do Exército e em 2013 foi sentenciada a 35 anos de prisão por fazar mais de 700.000 documentos secretos relacionados com as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Sas revelações expuseram o encobrimento de crimes e possíveis crimes cometidos por tropas dos Estados Unidos e seus aliados.

Estas ações transformaram Manning, que é transgênero e cujo nome de batismo era Bradley, em uma heroína para os ativistas que são contrários à guerra, mas personalidades do establishment dos Estados Unidos a consideraram uma traidora.

O então presidente americano, Barack Obama, comutou sua sentença, deixando-a livre em maio de 2017.

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