Ciberataque: indícios sugerem que a Coreia do Norte está por trás do ataque (cosinart/Thinkstock)
AFP
Publicado em 16 de maio de 2017 às 11h00.
A Europol, agência de polícias do continente europeu, afirmou nesta terça-feira que é "muito cedo" para especular sobre os autores do ciberataque mundial após a descoberta de um provável vínculo com a Coreia do Norte.
"Estamos dispostos a investigar todas as pistas, mas não especulamos e não podemos confirmar", disse à AFP Jan Op Gen Oorth, porta-voz da Europol. "É muito cedo para dizer qualquer coisa", completou.
Neel Nehta, um técnico do Google, publicou na internet os códigos que mostram semelhanças entre o vírus "WannaCry", que afetou dezenas de milhares de computadores em 150 países, e outra série de códigos de ataques atribuídos a Coreia do Norte.
Os especialistas concluíram rapidamente que os indícios, embora não sejam totalmente conclusivos, provam que a Coreia do Norte está por trás do ataque considerado como algo sem precedentes pela Europol.
"Isto pode vir de qualquer parte, de qualquer país", afirmou Jan Op Gen Oorth.
"A investigação continua", completou.
A Europol atualizou os números de vítimas do ataque: a quantidade de endereços IP infectados nesta terça-feira era de 165.000, o que representa uma redução de 38% em relação aos 226.800 registrados no domingo.
O ataque não reivindicado foi realizado com um malware chamado "WannaCry", que criptografa os arquivos de um computador e pede um resgate para a liberação dos documentos, neste caso de 300 dólares.
A Europol indicou que 243 pagamentos foram realizados pelas vítimas, o que representa quase 63.000 dólares.