antena (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 13h29.
O vazamento de documentos obtidos por Snowden não para. Novos arquivos publicados nesta quarta-feira pelo jornal The Washington Post mostram que a Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana coleta, diariamente, 5 bilhões de registros de localização de centenas de milhões de celulares pelo mundo.
As informações vão todas para um banco de dados de tamanho igualmente espantoso segundo estimam os documentos, a base passa dos 27 terabytes. O volume de informações é tão grande que supera o conteúdo da Biblioteca do Congresso dos EUA e até mesmo a capacidade (da NSA) de digerir, tratar e armazenar os dados, como destaca o jornal, citando um documento interno da agência datado de 2012.
O intenso rastreamento foi tratado pelo Washington Post como supérfluo. Nas palavras da publicação, a NSA não tem motivos para suspeitar da movimentação da grande maioria dos usuários de celulares pelo mundo. Mas os dados não deixam de ser úteis para a agência: as informações são cruzadas, para encontrar possíveis criminosos que estejam próximos às pessoas monitoradas.
De acordo com os arquivos divulgados, a NSA obtém os dados de localização pelo mundo a partir de 10 sigads, espécie de antenas. Para explicar o funcionamento desses aparelhos, o jornal usa como exemplo um sigad chamado Stormbrew, mantido por duas empresas não-nomeadas que administram sistema físicos da agência.
Sozinho, o receptor citado coleta dados de 27 pares de links de telefones, que trazem informações de origem e destino do aparelho. Claro, isso não seria possível também sem a colaboração das operadoras de celular segundo o Washington Post, uma boa variedade delas dá à NSA acesso às próprias redes.
Vazamentos Os documentos divulgados pelo jornal norte-americano são parte da infinidade de arquivos vazados por Edward Snowden, há cerca de seis meses. Todo o esquema de espionagem feito pela agência de segurança dos EUA foi revelado a partir deles inclusive a informação que o governo do país rastreava a localização dos celulares das pessoas, mesmo com eles desligados.
* Com informações da AFP