Tecnologia

Google deve esclarecer política de privacidade ao Congresso

Os congressistas se reuniram com representantes da empresa na semana passada, mas dizem que precisam de detalhes sobre as mudanças no uso de informações privadas

Congressistas fizeram perguntas inclusive ao novo CEO do Google, Larry Page (Carlos Alvarez/Getty Images)

Congressistas fizeram perguntas inclusive ao novo CEO do Google, Larry Page (Carlos Alvarez/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 05h43.

Washington - Dois líderes do Congresso dos Estados Unidos pediram nesta quinta-feira mais explicações ao Google sobre as mudanças que a empresa implementará a partir de março em sua política de privacidade.

A presidente da subcomissão de Comércio da Câmara de Representantes, Mary Bono Mack, e o democrata de maior categoria nesse comitê, George Butterfield, enviaram uma carta ao principal executivo da companhia, Larry Page, com um extenso questionário sobre as mudanças e fixaram o próximo dia 21 como prazo para obter respostas.

Os congressistas se reuniram com representantes do Google na semana passada, mas nesta quinta-feira indicaram necessitar de mais detalhes sobre as mudanças na coleta e no uso de informações privadas dos usuários.

Na carta de quatro páginas, Mack e Butterfield assinalam que existe uma 'confusão' sobre o tempo que o Google requer para responder a solicitações dos usuários para, por exemplo, eliminar os e-mails dos sistemas do servidor.

Os legisladores também expressaram preocupação com a ideia de obtenção e arquivamento dos sites visitados pelos usuários mediante sua conta no Google, para assim facilitar a propagação de anúncios publicitários.

'Embora por muitas razões alguns usuários prefiram receber anúncios com base em suas buscas na internet, muitos consideram que o histórico de busca pode ser informação sensível e deveria permanecer inacessível', disseram na carta.

Os legisladores definiram como 'sensível' qualquer informação relacionada com o histórico médico, origem étnica ou racial, crenças políticas e religiosas e orientação sexual dos usuários.

Na lista de perguntas, os legisladores querem saber quais os mecanismos que o Google usará para que os usuários possam manter-se no anonimato e questionam se suas informações estarão protegidas do acesso de funcionários da empresa.

As mudanças em cerca de 60 tipos de serviços e produtos a partir de 1º de março permitirão que o Google tenha acesso a mais informações privadas dos usuários, reduza o controle destes sobre tais dados e ofereça mais informações sensíveis aos anunciantes.

Acompanhe tudo sobre:BuscaCongressoEmpresáriosEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleInternetLarry PagePersonalidadesPrivacidadeSitesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes