Tecnologia

EUA e Tiktok seguem longe de acordo, diz fonte

Negociações começaram com restrições em setembro; ambos devem continuar conversando nas próximas semanas

Mesmo sem acordo, usuários poderão continuar usando o app nos Estados Unidos (Hollie Adams/Bloomberg)

Mesmo sem acordo, usuários poderão continuar usando o app nos Estados Unidos (Hollie Adams/Bloomberg)

A

AFP

Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 09h25.

Última atualização em 5 de dezembro de 2020 às 09h27.

O aplicativo de vídeos TikTok e o governo de Donald Trump não chegaram a um acordo sobre a venda das operações da empresa nos Estados Unidos na noite desta sexta-feira (4), poucas horas antes do prazo dado para que um negócio seja feito, disse uma fonte próxima ao caso.

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

O Comitê de Investimentos Estrangeiros deu à controladora do TikTok, a ByteDance, com sede na China, até a meia-noite desta sexta-feira para chegar a um acordo aceitável que levaria os ativos da TikTok a serem transferidos para os Estados Unidos.

As conversas entre o TikTok e os negociadores do governo continuarão mesmo depois que o prazo terminar, e os usuários locais do popular aplicativo poderão mantê-lo em seus telefones, disse a fonte.

Entenda como tudo começou

Em agosto, o presidente Donald Trump anunciou que tomaria medidas contra o TikTok e outros apps chineses noa Estados Unidos. A principal razão apontada para as restrições está na tensão política com a China -- levantando suspeitas sem provas de que o aplicativo estaria compartilhando dados com Pequim para fins de espionagem.

No mês seguinte, veio a decisão: ou a empresa vendia sua operação para uma controladora local, ou teria suas operações encerradas no país. A partir daí, a Bytedance começou conversas para vender o braço norte-americano a empresas locais, a fim de continuar operando nos EUA.

As principais empresas interessadas foram Microsoft e Oracle, sendo esta última a vencedora da disputa. Em novembro, a companhia anunciou que será a “provedora oficial da tecnologia chinesa nos Estados Unidos”.

Com a confirmação, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que o governo Trump recebeu a proposta da empresa e que ela seria analisada. “Temos muita confiança na Microsoft e na Oracle, eles (a ByteDance) escolheram a Oracle. Vamos analisar com equipes técnicas deles e nossas para ver se eles podem cumprir as garantias” para manter os dados de telefones norte-americanos seguros, Mnuchin disse à emissora de televisão CNBC.

Enquanto o órgão ainda não chega a uma decisão final, o aplicativo continua operando normalmente no país. Inicialmente, o prazo para o Tiktok continuar operando nos Estados Unidos era o mês de novembro, porém, um tribunal da Filadélfia conseguiu prorrogar o prazo, garantindo que gigantes de tecnologia como a Apple não precisassem remover o app de seus sistemas.

Manter os Estados Unidos como um público-alvo para o aplicativo faz sentido. Hoje, a influenciadora com a maior conta em volume de seguidores é a norte-americana Charli D'Amelio, com 100 milhões de seguidores.

Acompanhe tudo sobre:AppleMicrosoftOracleTikTok

Mais de Tecnologia

Quem é Ross Ulbrich? Fundador de marketplace de drogas recebeu perdão de Trump

Microsoft investe em créditos de carbono no Brasil

Apple está perto de conseguir um acordo para liberar as vendas do iPhone 16 na Indonésia

Musk, MrBeast ou Larry Ellison: quem vai levar o TikTok?