Tecnologia

EUA e China devem debater cibersegurança em julho

As relações entre os países também têm enfrentado turbulências por conta da assertividade de Pequim nas brigas territoriais no Mar do Sul e no Mar do Leste da Chinas

Segurança (Getty Images)

Segurança (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 07h14.

Os EUA insistirão para retomar as discussões sobre cibersegurança com a China no próximo mês. O secretário-assistente de Estado, Daniel Russel, disse à Associated Press que os EUA irão pressionar pela retomada das discussões sobre o assunto durante uma reunião de gabinete dos dois lados no diálogo anual sobre segurança e economia, em Pequim, na segunda semana de julho.

As relações entre China e EUA também têm enfrentado turbulências por conta da assertividade de Pequim nas disputas territoriais no Mar do Sul e no Mar do Leste da China. Russel, o principal diplomata dos EUA para o Leste Asiático, reiterou essas preocupações, afirmando ser essencial a China utilizar a diplomacia para resolver as diferenças.

Russel ainda explicou que a tensão no Iraque, exigindo que os EUA redirecionem a atenção militar para a região no curto prazo, não altera o fato de que a Ásia e o Pacífico é uma prioridade dos EUA nas áreas de segurança, economia e política.

A delegação norte-americana que será enviada a Pequim será liderada pelo Secretário de Estado, John Kerry, e pelo Secretário do Tesouro, Jack Lew. Os dois lados devem discutir a tensão no Oriente Médio, o programa nuclear da Coreia do Norte, a cooperação na mudança climática, e os EUA devem tocar no assunto de direitos humanos. Os governos também devem conversar sobre questões econômicas e comerciais, incluindo progressos em um tratado de investimento bilateral, o qual a China aceitou negociar no encontro do ano passado.

Russel afirmou que os EUA também demonstrarão preocupação sobre ciberespionagem, especificamente sobre o roubo de dados empresariais. O governo norte-americano afirma que esses dados são compartilhados com estatais chinesas para ganhos comerciais ilegais. "Esse é um problema, e é um problema que nós acreditamos que os chineses devem e podem resolver", afirmou.

Em maio, os EUA acusaram cinco militares chineses de invadirem o banco de dados de empresas norte-americanas para desvendarem segredos comerciais, mas eles não entraram em nenhuma lista de criminosos procurados. A China negou a acusação e, dias depois, publicou um amplo relatório contra a ciberespionagem dos EUA, citando dados vazados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) Edward Snowden. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)INFOPaíses ricosseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble