Redatora
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 09h25.
Última atualização em 16 de janeiro de 2025 às 09h50.
Os Estados Unidos adicionaram 25 empresas chinesas e duas de Singapura à lista de restrição de comércio na quarta-feira, 15 de janeiro de 2025. A medida inclui nomes de destaque como a Zhipu AI, desenvolvedora de inteligência artificial, e a Sophgo, acusada de incorporar ilegalmente chips da TSMC ao processador de IA da Huawei.
A decisão faz parte do esforço da administração de Joe Biden para reforçar os controles sobre o fluxo de semicondutores e tecnologias avançadas à China. Empresas na lista não podem acessar bens ou tecnologias norte-americanas sem uma licença especial, que, na prática, é raramente aprovada. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.
De acordo com o Departamento de Comércio, a Zhipu AI, que tem entre seus investidores gigantes como Alibaba e Tencent, foi incluída por apoiar a modernização militar chinesa por meio de pesquisas avançadas em inteligência artificial. Em uma publicação na rede social chinesa WeChat, a empresa rebateu as acusações, afirmando que a decisão não tem "base factual" e que sua inclusão na lista não afetará significativamente suas operações, uma vez que já domina processos tecnológicos de modelos de linguagem de ponta a ponta.
A Sophgo, por sua vez, foi punida por seu envolvimento em um sistema de múltiplos chips da Huawei que incluía semicondutores originários da TSMC, maior fabricante de chips do mundo. A empresa declarou, em outubro de 2024, que "nunca manteve relações comerciais diretas ou indiretas com a Huawei".
Além da Zhipu AI, outras nove empresas foram sancionadas por desenvolverem chips que fortalecem as capacidades militares da China. Outras 16 entidades foram adicionadas devido à produção de tecnologias ligadas a armas de destruição em massa, vigilância em massa e ao suporte à Huawei, companhia central nas tensões tecnológicas entre os EUA e a China.
As sanções refletem a crescente preocupação dos EUA com a competitividade tecnológica chinesa, particularmente em áreas como inteligência artificial, semicondutores e infraestrutura militar. O bloqueio de exportações, aliado às limitações no acesso a tecnologias avançadas, busca restringir o avanço estratégico da China em áreas consideradas sensíveis.