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Estudo relaciona câncer de testículo ao uso de maconha

Levantamento foi feito pelo Icesp, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP

Cerca de 25% dos pacientes com câncer de testículo atendidos no setor de urologia do Instituto do Câncer do Estado de SP assumem o consumo regular de maconha (Uriel Sinai/Getty Images)

Cerca de 25% dos pacientes com câncer de testículo atendidos no setor de urologia do Instituto do Câncer do Estado de SP assumem o consumo regular de maconha (Uriel Sinai/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 13h28.

São Paulo - Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, aponta que 25% dos pacientes com câncer de testículo atendidos no setor de urologia da unidade assumem o consumo regular de maconha. As informações foram divulgadas hoje pela assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

O uso da droga está associado ao surgimento do câncer de testículo, provocando diversos efeitos adversos sobre os sistemas endocrinológico e reprodutivo. Mensalmente, 500 pacientes são atendidos na clínica de uro-oncologia do Icesp. Destes, 30% apresentam tumores localizados no testículo, dos quais 70% têm sinais de doença avançada (fora do testículo) no momento do diagnóstico.

As cirurgias para retirada total ou parcial dos testículos e da próstata representam um terço das 10 mil cirurgias já realizadas pelo hospital. "Evitar o uso da droga é fundamental para diminuir consideravelmente as chances de desenvolvimento do tumor. Além disso, é fundamental que os homens realizem o autoexame para o diagnóstico precoce da doença", alerta Daniel Abe, urologista do Icesp.

Cura - O câncer de testículo é altamente curável, principalmente quando detectado precocemente. A doença acomete predominantemente homens que têm entre 15 e 34 anos de idade. O diagnóstico precoce pode ser feito por meio do autoexame do órgão. Percebendo qualquer anormalidade, como nódulo indolor ou massa, sensação de peso no escroto ou dor na região inferior abdominal, deve-se procurar ajuda médica.

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