Tecnologia

Estudo mostra impacto de carros autônomos em grandes cidades

Estudo feito em parceria entre Boston Consulting Group e Fórum Econômico Mundial mostra os impactos da popularização de veículos elétricos em ambientes urbanos

Direção autônoma: público está disposto a testa tecnologia; resistência aumenta nos mais velhos (David Paul Morris/Bloomberg)

Direção autônoma: público está disposto a testa tecnologia; resistência aumenta nos mais velhos (David Paul Morris/Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 26 de julho de 2016 às 11h53.

São Paulo – Uma parceria entre a consultoria Boston Consulting Group (BCG) e o Fórum Econômico Mundial analisou os impactos da presença de carros autônomos em ambientes urbanos. O produto final mostra muitos benefícios para as populações dessas áreas e para o meio ambiente.

“Não é mais uma questão de se, mas de quando os carros autônomos vão chegar às estradas”, afirma o relatório gerado pela parceria. Dois aspectos tecnológicos são analisados: carros autônomos e táxis autônomos (carros que se dirigem sozinhos e servem como transporte para o público de ambientes urbanos).

De acordo com o estudo, a popularização destes dois tipos de veículos resultaria em 60% menos carros andando na rua—trazendo diminuição no congestionamento de grandes cidades, por exemplo. Outro impacto seria a diminuição de 90% no número de acidentes entre veículos.

Os benefícios também seriam ambientais. Haveria uma diminuição de 80% na emissão de gases poluentes.

Para a população em geral, carros autônomos são sinônimo de carros menos poluentes. Entre 5.500 entrevistados de diversos países, a maioria espera novas formas de alimentação para esses veículos. Entre eles, 29% acreditam que eles serão elétricos e 37% acreditam que híbridos. Apenas 9% acreditam que usarão combustão, assim como os carros atuais.

Entre os entrevistados, 58% disseram que andariam em um carro completamente autônomo—69% afirmaram que pegariam um carro parcialmente autônomo.

Essa receptividade aumenta em faixas etárias mais baixas. Entre menores de 29 anos, 63% andariam em um carro que se dirige sozinho, mas entre pessoas com 51 anos ou mais, a fatia cai para 46% dos entrevistados. “Essa é a razão pela qual esperamos que a aceitação aumente com o tempo.”

Entre os motivos para andar em um carro autônomos, os consumidores citaram não precisar procurar por vagas (43%), a possibilidade de ser produtivo durante o trajeto (40%) e a simples curiosidade por ser algo novo (36%). Apenas 31% afirmaram que acreditam que haja aumento de segurança em relação a um carro convencional.

Insegurança

Boa parte dos entrevistados, no entanto, mostrou sinais de insegurança com os carros autônomos. Metade não se sentem seguros com o veículo se movimentando sozinho. Apenas 35% disseram que deixariam que seus filhos entrassem em um carro do tipo.

Outras preocupações interessantes que a pesquisa mostra são a falta de conhecimento sobre a tecnologia (para 27%), a possibilidade de que o veículo seja hackeado (para 23%) e o medo de uma pane geral (20%).

Talvez por conta dessa insegurança, os consumidores mostraram clara preferência por carros criados pela indústria automobilística tradicional. Essa foi a opção citada como preferida por 46% dos entrevistados. Outros 16% preferiam uma companhia de tecnologia, 12% uma nova montadora e 6% uma empresa de um governo.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaBoston Consulting GroupCarrosCarros high techEmpresasFórum Econômico MundialHackersInovaçãoMeio ambienteVeículos

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble