oceano (Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2015 às 06h32.
A acidificação dos oceanos foi um dos principais impulsionadores da maior extinção em massa na Terra há cerca de 250 milhões de anos - afirmaram cientistas nesta quinta-feira (9).
As mudanças nas águas da Terra foram causadas por uma intensificação da atividade vulcânica, acabando com mais de 90% da vida nos oceanos e dois terços dos animais terrestres, disseram os autores do estudo publicado na revista Science.
Os oceanos absorveram enormes quantidades de dióxido de carbono a partir das erupções vulcânicas, tornando a água mais ácida e menos propícia para formas de vida ainda frágeis.
Naquela época, o oceano absorveu carbono a uma taxa semelhante à de hoje, mas que persistiu ao longo de 10 mil anos, segundo a pesquisa, que se baseia no estudo de rochas escavadas nos Emirados Árabes Unidos.
Estas rochas ficaram no leito do oceano por milhões de anos e acabaram por preservar um registro das alterações ácidas na água ao longo do tempo.
"Os cientistas já suspeitavam que uma acidificação dos oceanos teria ocorrido durante a maior extinção em massa de todos os tempos, mas até agora faltava uma evidência direta", explicou Matthew Clarkson, da Escola de Geociências da Universidade de Edimburgo.
"Esta é uma descoberta preocupante, considerando que já podemos ver um aumento na acidez dos oceanos hoje, resultado de emissões humanas de carbono", concluiu.