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Estudo avança rumo à vacina universal contra a gripe

Cientistas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas desenvolveram uma vacina que, em testes feitos com animais, teve desempenho superior às equivalentes do mercado


	A cada ano, diante da rápida mutação do H1N1 - responsável pela versão mais grave da influenza -, laboratórios precisam produzir novas vacinas para tentar frear as epidemias
 (Getty Images)

A cada ano, diante da rápida mutação do H1N1 - responsável pela versão mais grave da influenza -, laboratórios precisam produzir novas vacinas para tentar frear as epidemias (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 08h35.

São Paulo - Pesquisadores dos Estados Unidos conseguiram dar um passo importante para desenvolver uma vacina contra a gripe que possa valer por um período mais longo e proteger contra as diferentes versões dos vírus.

A cada ano, diante da rápida mutação do H1N1 - responsável pela versão mais grave da influenza -, laboratórios precisam produzir novas vacinas para tentar frear as epidemias, como a que atinge São Paulo desde abril e já matou 30 pessoas no ano na capital e pelo menos 55 no Estado.

No trabalho publicado na edição desta quinta-feira, 23, da revista científica Nature, cientistas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas desenvolveram uma vacina que, em testes feitos com animais, teve um desempenho superior às equivalentes do mercado.

O grupo, liderado pelo pesquisador Gary Nabel, fundiu uma proteína viral imunogênica com uma proteína que armazena ferro para criar uma nanopartícula. Aplicada em furões, a substância foi capaz de neutralizar diversas cepas de influenza.

Universal

Ao contrário das vacinais atuais, que atacam a variante do vírus que estiver circulando no momento, o modelo criado pelos pesquisadores trabalha estimulando a produção de anticorpos neutralizantes que se ligam a partes dos vírus que são comuns a diferentes cepas. Pode ser o caminho para a tão desejada vacina universal contra a gripe.

Mesmo se não levar à vacina universal, o modelo pode servir para o desenvolvimento mais rápido de novas vacinas para novos surtos epidêmicos. Isso porque ela não depende, como ocorre com as vacinas tradicionais, de desenvolver o vírus em ovos de galinha em laboratório.

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