São Paulo – A poluição atmosférica é um problema que não tem dado sinais de melhora. Estudo recente da ONU mostrou que apenas 12% da população mundial respira um ar de qualidade. Atentos a esta mazela, que atormenta principalmente os centros urbanos, alunos da Universidade da Califórnia em Riverside estão desenvolvendo um telhado que ajuda a despoluir o ar.
Em testes de laboratório, eles revestiram telhas de barro com dióxido de titânio, um composto comum encontrado com facilidade em diversos produtos, de tintas de parede a cosméticos.
As telhas foram colocadas dentro de uma câmara que reproduz o ambiente atmosférico, construída com madeira, tubos de PVC e Teflon.
A câmara foi conectada a uma fonte de óxidos de nitrogênio e um dispositivo que lê as concentrações do poluente, formado quando determinados combustíveis são queimados a temperaturas elevadas, por exemplo pela combustão nos carros.
Eles usaram a luz ultravioleta para simular a luz solar, o que ativa o dióxido de titânio e permite que ele quebre os óxidos de nitrogênio.
O resultado impressiona: as telhas revestida retiraram entre 88% e 97% dos óxidos de nitrogênio.
Segundo a equipe de estudantes, 21 toneladas de óxidos de nitrogênio seriam eliminados diariamente se um milhão de telhados fossem revestidos com a mistura de dióxido de titânio.
Eles também calcularam que custaria apenas US$ 5 para revestir um telhado residencial de médio porte.
Atualmente, existem outras telhas no mercado que ajudam a reduzir a poluição de óxidos de nitrogênio. No entanto, há poucos dados sobre alegações de que eles reduzem a poluição, afirma o grupo.
No mês passado, a pesquisa realizada por Carlos Espinoza, Louis Lancaster, Chun-Yu "Jimmy" Liang, Kelly McCoy, Jessica Moncayo e Edwin Rodriguez recebeu um prêmio de menção honrosa em concurso de design da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
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1. Torre de Climatologia, um médico para a cidade
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Designer(s): Yuan Hsiao-Sung, Yuko Ochiai, Jia-Wei Liu, Lin Hung-Hsieh
Origem: Japão e Taiwan Quando você se sente mal, você procura assistência médica. Mas e quando a cidade está doente, o que devemos fazer? A Torre de Climatologia é um arranha-céu projetado para ser um centro de pesquisa de clima urbano capaz de corrigir o meio ambiente por meio da engenharia mecânica. O projeto analisa microclimas dentro das cidades, a acumulação de edifícios e a escassez de espaços abertos e livres. Através de engenharia de controle ambiental, programas de avaliação avaliam uma variedade de fatores, como insolação, radiação e cobertura térmica. Em seguida, os sistemas mecânicos respondem para reduzir ou aumentar os níveis dessas condições ambientais.
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2. Hiperfiltro de poluição urbana
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Designer(s): Umarov Alexey
Origem: Rússia Este arranha-céu reconhece a ameaça da poluição atmosférica nas cidades. Ele é projetado para “inalar” dióxido de carbono e outros gases nocivos liberados pelo transporte urbano e indústrias. Em contrapartida, exala ar limpo. Sua cobertura consiste de tubulações longas com microfiltros que fazem a filtração. Enquanto o ar limpo é liberado para a atmosfera, todas as substâncias nocivas são armazenadas para serem usadas pela indústria química.
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3. Um prédio faminto por CO2
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Designers: Yuhao Liu, Rui Wu
Origem: Canadá Ao contrário de prédios convencionais, que contam com estrutura de aço e fundição de concreto, este arranha-céu sugere um método mais ecológico e alternativo de construção, que se baseia no conceito de captura de carbono. A captura de carbono é uma prática que retira o gás de efeito estufa da atmosfera a fim de atenuar sua concentração nociva. Um novo método recente que vem sendo estudado sugere a captura através de resinas de carbono especiais capazes de transformar o dióxido de carbono em material de construção sólido. Levando isso (muito) à frente, os designers Yuhao Liu e Rui Wu projetaram o “Propagate Skyscraper”, um arranha-céu que seria capaz de assimilar dióxido de carbono e usar esse gás para se auto propagar. Seu padrão de crescimento seria definido por fatores ambientais, como vento, chuvas, e quantidade de CO2 presente na atmosfera. Assim, cada estrutura resultante seria diferente da outra.
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4. Torres de areia 3D
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4/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Qiu Song, Kang Pengfei, Bai Ying, Ren Nuoya, Guo Shen Origem: China O projeto Babel de Areia é um centro de pesquisa científica e de atrações turísticas no deserto. A parte principal de cada edifício é construída com areia, sintetizada por meio de uma impressora 3D alimentada por energia solar. Sua forma é inspirada em fenômenos naturais, como tornados, e em rochas cogumelo, uma formação comum em desertos. As torres possuem estrutura de esqueleto em espiral, que melhora a ventilação interna.
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5. Rainforest Guardian, o guardião da floresta
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5/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Jie Huang, Wei Jin, Qiaowan Tang, Yiwei Yu, Zhe Hao
Origem: China Como seu nome sugere, o Rain Forest Guardian tem a missão de proteger a floresta. Não qualquer uma. Ele foi projetado para ficar na Amazônia, onde capturaria a água da chuva na estação chuvosa e irrigaria a terra durante a estação seca. Ele consiste em uma torre de coleta de água, uma estação de incêndio florestal, uma estação meteorológica, e laboratórios de pesquisa e educação científica. Em caso de incêndio, os bombeiros voam para o local e apagam o fogo com a água coletada. Além disso, o Guardião Skyscraper oferece laboratórios de pesquisa científica especiais para os cientistas monitorarem a mudança climática e os efeitos no ecossistema.
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6. Fábrica de transformar poluição em energia
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6/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Yang Siqi, Zhan Beidi, Zhao renbo, Zhang Tianshuo
Origem: China A economia explosiva da China tem feito o país pagar um preço alto por se tornar a "fábrica do mundo". Está ficando poluída a uma velocidade alarmante. O objetivo do Projeto Azul é transformar essas partículas suspensas, nocivas à saúde, em energia verde. Através de reações químicas, a torre combinaria o monóxido de carbono com outras substâncias para gerar metano.
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7. E que tal um grande ralo submarino?
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7/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Sung Jin Cho
Origem: Coreia do Sul Globalmente, milhões de toneladas de lixo vão parar no mar todos os anos. Como o plástico não é biodegradável, ele representa uma ameaça para milhares de animais marinhos. Pensando nisso, o designer sul-coreano Sung Jin Cho projetou o Seawer, um grande ralo de drenagem com 550 metros de diâmetro e 300 metros de profundidade para ser colocado bem abaixo de áreas afetadas, como a Grande Porção de Lixo do Pacífico. O projeto engole todos os tipos de lixo flutuante no mar através de suas camadas de filtros que separam as partículas dos fluidos. Todo o plástico recolhido é então levado para uma usina de reciclagem em cima da estrutura, enquanto a água do mar é filtrada e armazenada em um grande tanque de sedimentação no fundo, e depois é liberada de volta no oceano.
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8. A cidade que afunda (de propósito)
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8/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Eric Nakajima
Origem: Nova Zelândia Com catástrofes naturais cada vez piores e que não dão sinais de abrandamento, é preciso repensar a forma como as cidades devem ser reconstruídas após uma tragédia. Se tombou, acredita o designer Eric Nakajima, é sinal de que a infraestrutura não era adequada para as condições ambientais do local. Com isso em mente, ele projetou a Liquefactower, a cidade que afunda. É um sistema que se adapta às condições ambientais, sem a necessidade de ajustes, alteração ou correção. Para a nova cidade, o solo instável torna-se uma necessidade e não um fardo que a enterra em tempos adversos.
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9. Los Angeles integrada nas alturas
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9/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Ziwei Song
Origem: Estados Unidos Nas grandes cidades, é comum as rodovias segregarem as áreas comerciais dos locais residenciais. Da mesma forma, os arranha-céus exacerbam essa condição em vez de incentivar a integração urbana. A ideia do designer Ziwei Song é fazer uma ponte entre esses dois mundos, criando um único organismo arquitetônico que impulsione o intercâmbio cultural, atividades urbanas e interação social. Seu foco foi a cidade de Los Angeles, na Califórnia, EUA. O Skyvillage se ergue sobre as rodovias do lugar e de quebra traz cobertura verde capaz de filtrar a poluição dos carros nas estradas.
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10. Blossom Tower
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10/11 (Divulgação/eVolo)
Designer(s): Anthony Fieldman / RAFT Architects
Origem: Estados Unidos Uma flor símbolo nacional da Malásia, o hibiscos, é a inspiração para esta torre, que anuncia, graciosamente, sua presença no céu. Como a coroa de uma flor, o último andar da torre tem 29% mais espaço do que a sua base. Não é à toa. Lá em cima, há painéis solares que podem capturar ao máximo a energia para uso em sistemas da torre.
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11. Eles dão exemplo
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11/11 (Wikimedia Commons)