Manuel Garcia-Margallo (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Madri - O governo espanhol afirmou nesta terça-feira que não examinará o pedido de asilo apresentado pelo ex-consultor americano Edward Snowden porque o pedido não é válido ao não ter sido feito por uma pessoa presente em território nacional.
"O governo não o está estudando porque o pedido não tem efeitos jurídicos", disse à imprensa o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García Margallo.
"Para que um pedido de asilo possa ser estudado pelo Governo, ou seja, para que legalmente possa tramitar, deve ser feito por uma pessoa que esteja na Espanha", acrescentou García Margallo nos corredores do Congresso dos Deputados.
Snowden também teve um pedido de asilo enviado para a Índia negado, informou a chancelaria indiana nesta terça-feira.
"Estudamos atentamente a demanda. Depois da análise concluímos que não havia nenhuma razão para acatá-la", declarou à AFP Syed Akbaruddin, porta-voz da chancelaria indiana.
Pouco antes, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Salman Kurshid, havia defendido o vasto programa de espionagem eletrônica americana revelado por Snowden.
"Algumas informações obtidas puderam ser utilizadas para impedir graves atentados terroristas em vários países", declarou Salman Kurshid.
Buscado por Washington por espionagem, o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA), que revelou detalhes sobre um programa americano secreto de espionagem em grande escala, segue refugiado no aeroporto de Moscou, mas desistiu, segundo o Kremlin, de ficar na Rússia.
Na segunda-feira, a organização WikiLeaks anunciou que Edward Snowden havia apresentado um pedido de asilo em 21 países, entre eles Rússia, Islândia, Equador, Cuba, Venezuela, Brasil, Índia, China, Alemanha, França e Espanha.