ROVIO (Vitor Pickersgill)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2014 às 13h48.
Como parte da expansão de seus negócios, a produtora finlandesa Rovio está desenvolvendo um novo sistema de ensino para crianças de 3 a 6 anos. Testado na Finlândia e na China, ele em breve deve chegar ao Brasil em escolas públicas e privadas. "Estamos em fase adiantada de negociação com governos e instituições de ensino", disse a INFO Peter Vesterbacka, diretor de marketing da Rovio.
Com seu inseparável moletom do icônico pássaro vermelho da empresa, Vesterbacka veio a São Paulo para participar do Transformar 2014, evento sobre inovação e educação organizado pela Fundação Lemann, Porvir e Instituto Península.
Batizado de Fun Learning, o sistema de aprendizado da Rovio mistura elementos do universo digital e físico. São games, livros, programas, instrumentos musicais e outros equipamentos eletrônicos, todos estampados com os personagens da marca Angry Birds. A sala de aula, também decorada com motivos dos pássaros, tem espações abertos, sem carteiras convencionais. "Não vemos por que aprender não pode ser divertido. Educação é um dos pilares da nossa empresa, e tratamos dela como um negócio. Isso é bom, porque significa que temos que dar bons resultados", diz Vesterbacka.
Empreendedorismo, entretenimento e educação formam as bases de atuação da Rovio. A startup de games ganhou fama mundial ao lançar o aplicativo Angry Birds, game onde o objetivo é matar porcos verdes jogando pássaros sobre eles. O sucesso foi tão grande que a empresa fez parcerias com marcas como Star Wars para lançar edições especiais do jogo e, hoje, tem faturamento de mais de 152 milhões de euros. Desse total, 47% se deve à venda de produtos físicos, como moletons, camisetas, bichos de pelúcia e parques de diversão licenciados da marca.
A diversificação de produtos foi uma estratégia inteligente da Rovio para manter viva a marca Angry Birds, tornando-a muito maior do que um simples game para dispositivos móveis. Investir em educação é mais um passo nessa direção. "Acredito que a área de ensino possa se tornar a maior parte da empresa num futuro próximo", diz Vesterbacka. "Queremos mudar o mundo com a educação. Você acha que é um sonho impossível? Bem, as pessoas também não achavam possível chegar a 100 milhões de downloads. Hoje, passamos dos 2 bilhões."