Tecnologia

Ericsson espera fábrica no limite da capacidade em 2013

A forte demanda por 4G e 3G na América Latina deve fazer com que a fábrica da Ericsson no Brasil feche o ano perto do limite de sua capacidade

A unidade da Ericsson em São José dos Campos (SP) tem capacidade para 40 mil estações rádio-base (ERBs) - um dos principais equipamentos para telefonia móvel - por ano (Brunskill/Getty Images)

A unidade da Ericsson em São José dos Campos (SP) tem capacidade para 40 mil estações rádio-base (ERBs) - um dos principais equipamentos para telefonia móvel - por ano (Brunskill/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 22h25.

Rio de Janeiro - A forte demanda por 4G e 3G na América Latina deve fazer com que a fábrica da Ericsson no Brasil feche o ano perto do limite de sua capacidade, afirmou um executivo da fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações.

A unidade da Ericsson em São José dos Campos (SP) tem capacidade para 40 mil estações rádio-base (ERBs) --um dos principais equipamentos para telefonia móvel-- por ano, e fechou 2012 nesse nível de produção diante da forte demanda por 3G, afirmou o diretor de inteligência de mercado da Ericsson para América Latina, André Gildin.

"A gente vê uma demanda crescente na região da América Latina... tanto 3G quanto 4G", disse Gildin em entrevista à Reuters. "A gente tem expectativa de fechar o ano ao redor desse número (40 mil ERBs)".

Apesar de o Brasil ser o maior mercado individual para a companhia na região, com forte potencial de vendas por conta da expansão da cobertura da banda larga móvel, Gildin explicou que diversos outros países têm conseguido acompanhar a demanda do setor de telecomunicações brasileiro.

A companhia sueca espera, dessa forma, um equilíbrio da produção para o mercado doméstico e para exportações em 2013, ou seja, 50 % para demanda interna e 50 % para externa, assim como em 2012.

Gildin citou como fortes mercados regionais o México, que está implementando o 4G; a Colômbia, que já tem a quarta geração e está expandido o 3G; além de Chile, Argentina e Peru, os quais terão novas licenças para o 4G.

As operadoras brasileiras de telecomunicações estão iniciando seus serviços de 4G no país, em linha com as exigências do governo para instalação dessa rede nas cidades-sede da Copa das Confederações, prometendo maiores velocidades de banda larga móvel aos usuários.

A Claro lançou sua oferta 4G na semana passada, ao passo que a Oi anunciou na última quinta-feira o início da operação comercial na cidade do Rio de Janeiro. Telefônica Brasil e TIM divulgarão seus serviços na próxima terça-feira.


Mesmo com a forte demanda por equipamentos para a quarta-geração, a Ericsson prevê que o 3G ainda vai dominar os pedidos das operadoras por equipamentos neste ano, à medida que é necessário ampliar a cobertura geográfica e a qualidade dos serviços.

"A gente enxerga que o 3G vai continuar predominando em 2013, mesmo porque a implantação do 4G vai ser de acordo com as metas (progressivas) da Anatel", afirmou o executivo.

A Ericsson diz ter participação de mercado nesse segmento de 40 %, além de atender todas as quatro maiores operadoras do país em 4G.

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