Primeiro-ministro turco falou sobre violação de seus direitos e de sua família por redes sociais (AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2014 às 18h10.
ANCARA - O primeiro-ministro, Tayyip Erdogan dirigiu-se ao tribunal constitucional da Turquia, na sexta-feira para questionar a suposta violação através da mídia social dos direitos dele e de sua família, disse um alto funcionário do seu escritório à Reuters.
O governo de Erdogan proibiu o Twitter e o YouTube em março, ação que atraiu condenação internacional, depois que gravações de áudio, que supostamente denunciavam corrupção de seus assessores próximos foram vazadas nos seus sites.
O bloqueio ao Twitter foi revogado no começo do mês, depois que o tribunal constitucional determinou que ele violava a liberdade de expressão, uma decisão que Erdogan diz que está errada e que deveria ser derrubada.
O alto funcionário disse que Erdogan fez o pedido ao tribunal constitucional através do seu advogado, em uma reclamação devido ao fracasso de implementar uma decisão judicial pedindo a remoção do conteúdo que viola os seus direitos. O primeiro-ministro estava pedindo uma indenização de 50 liras turcas (23 mil dólares).
Autoridades turcas conversaram com uma delegação do Twitter em Ancara essa semana, para tentar resolver a questão. Mas não havia nenhum acordo imediato de abrir um escritório do Twitter na Turquia ou para que ele pague algum tipo de taxa, dois dos principais pedidos de Ancara.
O acesso ao Twitter foi bloqueado no dia 21 de março antecedendo as eleições locais para deter uma série de vazamentos de gravações feitas através de escutas eletrônicas. Erdogan disse que ia "arrancar pela raiz" a rede de mídia social.