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Equador ainda não analisa concessão de asilo a Snowden

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira que seu governo ainda não considerou permitir a entrada do americano Edward Snowden no país,...

Rafael Correa (©afp.com / Rodrigo Buendia)

Rafael Correa (©afp.com / Rodrigo Buendia)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira que seu governo ainda não considerou permitir a entrada do americano Edward Snowden no país, destacando que a concessão de asilo só será analisada com a presença do mesmo no território equatoriano.

"Se vamos permitir seu ingresso no território equatoriano?! Isto é algo que, a princípio, não consideramos. Provavelmente vamos analisar o caso, mas no momento ele está na Rússia", destacou Correa em entrevista coletiva, acrescentando que Snowden está "a cargo das autoridades russas".

O líder de esquerda reafirmou que seu país não pode processar o pedido de Snowden - acusado de espionagem após revelar o "grampo" realizado pela administração do presidente americano, Barack Obama, sobre milhões de telefonemas e e-mails em todo o mundo - devido ao fato de que ele não se encontra no território equatoriano.

"Se solicita o asilo quando se está no território do país e Snowden não está no território equatoriano. Assim, tecnicamente, sequer podemos analisar um pedido de asilo", disse Correa.

O presidente reafirmou ainda que o Equador não entregou um salvo-conduto de refugiado a Snowden, desmentindo a informação do site da rede de televisão americana Univisión.

"O documento apresentado pela Univisión (salvo-conduto) não tem assinatura. O governo nacional não concedeu qualquer documento de refugiado. Se for verdadeiro, está totalmente desautorizado e não terá qualquer validade".

Correa revelou ainda que o embaixador equatoriano na Rússia, Patricio Chávez, manteve apenas um único contato com Snowden, na segunda-feira passada, na zona de trânsito do Aeroporto Internacional de Moscou, onde chegou no domingo, 23.

Na mesma entrevista, o presidente negou que seu governo tenha espionado os cidadãos equatorianos com objetivos políticos, rebatendo denúncia de um site dos EUA.

"Posso garantir, incondicionalmente, que meu governo jamais realizou qualquer escuta telefônica com objetivos políticos".

Segundo o site Buzzfeed.com, o governo equatoriano teria comprado equipamentos de espionagem através da Secretaria Nacional de Inteligência (Senain).

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