Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 17h05.
Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 13h51.
Assim que avistamos a L200, soubemos que essa impressora causaria um prejuízo maior aos estoques de papel do INFOlab do que a média da categoria. Mas depois de ouvir o barulho monótono da cabeça de impressão por dias a fio, depois de presenciarmos a mesma cena da imagem padrão de teste saindo da impressora se repetir 724 vezes, depois, enfim, de 1,97 quilo de papel impresso, estávamos verdadeiramente embasbacados com a capacidade de impressão dessa Epson. Descontado o gasto com papel, o custo de impressão por página da impressora alcança inacreditáveis 3 centavos. Mas esta é uma das poucas vantagens da L200, como detalharemos a seguir.
Por trás dessa cornucópia de impressões está um sistema bem simples. Em vez dos tradicionais cartuchos, a L200 se vale de um reservatório de tinta à parte, localizado na lateral da máquina. Cada cor é sugada de um grupo de compartimentos individuais e utilizada na impressão conforme o necessário. A reposição da tinta vem na forma de pequenos frascos, cada um de 70 ml (a mesma capacidade de cada compartimento), que podem ser abertos e esvaziados segundo a discrição do usuário. É uma solução um tanto rústica? Sem dúvida. Isto para não falar da possibilidade, presente sempre que a tinta precisa ser trocada, de acabar com o CMYK inteiro colorindo a palma das mãos e partes do vestuário. Mas o fato é que os pequenos frascos duram muito tempo, o bastante para fazer o risco valer a pena.
Uma das desvantagens de não armazenar a tinta na cabeça de impressão é o aumento do trajeto que a tinta deve percorrer antes de chegar ao papel. A L200 é uma das impressoras mais lentas que já passaram pelo INFOlab. Embora a Epson prometa velocidades nominais de impressão colorida e monocromática razoáveis (15 ppm e 27 ppm, respectivamente), esses valores só são possíveis para a impressão de rascunhos.
Nossas páginas de teste demoraram muito mais para sair da L200. Uma folha coberta por texto leva, em média, cerca de 26 segundos para ser impressa (2,29 ppm). O mesmo texto com um fundo colorido faz com que a L200 trabalhe por quase 60 segundos (1,02 ppm). Tarefas mais exigentes só pioram a situação. Quando o objeto era uma foto em alta resolução que cobria quase toda a A4, a impressão demorou exaustivos 12 minutos e 24 segundos, um recorde negativo. O scanner, por sua vez, não é muito mais ligeiro: a digitalização de uma página colorida em 1200 dpi levou 7 minutos e 58 segundos para terminar. Resumindo, paciência é uma virtude necessária para quem quer que decida comprar essa impressora.
Uma vez que as impressões são tão demoradas, seria possível imaginar que o resultado final é particularmente detalhado, mas esse não é o caso. A L200 tem um pouco de dificuldade para reproduzir detalhes com nitidez. Contornos bem definidos na tela do computador dão lugar a linhas vagas no papel, como se a tinta não aderisse bem à superfície. As principais vítimas de tal falta de definição são as letras pequenas. Não há problemas graves de divergência de matiz nas cores, mas as impressões tendem a torná-las um pouco menos vivazes do que as da imagem original. No geral, o principal problema da L200 no que diz respeito à qualidade de imagem é uma certa desigualdade na aplicação da tinta. Dentro de um único elemento visual há variações no nível de tinta, o que resulta em pontos onde a cor é ligeiramente mais intensa. Apesar de todas essas ressalvas, a L200 é capaz de atingir um nível de qualidade de imagem aceitável para o uso caseiro ou para qualquer fim que não priorize a beleza das impressões.
Tanto em termos de design quanto de recursos, a L200 lembra uma impressora de 5 anos atrás com a adição do reservatório de tinta lateral. Falando em design, é difícil ignorar a sensação de que aquela caixa é algo que não deveria estar lá: ela se adapta tão bem ao resto do desenho da impressora quanto um puxadinho se adapta a um sobrado. Considerações estéticas aparte, pelo menos a Epson foi sensível o suficiente para cobrir um dos lados da caixa com um plástico transparente. Graças a ele o usuário pode ignorar o software medidor de nível de tinta e determinar por si próprio quando a impressora precisa de uma carga nova de uma determinada cor.
A bandeja de papel, por outro lado, poderia ser melhor. Ao carregá-la com um calhamaço menor do que o limite de 100 folhas incorremos em várias situações nas quais a impressora puxava mais de uma folha por vez. Aliás, erros não faltaram durante a maratona de impressão que citamos no início do texto. Folhas rasgadas, vazamentos de tinta preta e outros incidentes ocorreram com certa frequência. É preciso reconhecer, no entanto, que a carga de trabalho envolvida era de fato muito grande para uma impressora doméstica.
Como comentamos acima, essa impressora não se destaca pelos recursos extras. Não há Wi-Fi ou uma porta USB para pen drives. Ela sequer possui um display de comando, tudo é mediado através do PC ou de botões com funções simples, como copiar. Uma característica bizarra da L200 é a exigência por parte do driver de uma sequência de números referente a cada frasco de tinta, da mesma forma que alguns software exigem uma product key. É relativamente fácil burlar essa demanda, mas ela não deixa de ser uma inconveniência sem muita justificativa. Excetuando-se essa questão, o software da L200 é simples e competente. Além das opções tradicionais, há até mesmo um modo automático para o controle do scanner, que livra o usuário do trabalho de configurar a impressora.
Há algo de arcaico em todo o processo de uso dessa multifuncional, desde o refil manual de tinta até os erros de impressão, passando pela interface peculiar, algo que faz lembrar o trabalho de um linotipista. Mesmo assim, a economia que a L200 proporciona é muito real. Se você frequentemente é obrigado a imprimir documentos em casa, essa pode ser uma opção interessante. Pequenas empresas provavelmente preferirão uma impressora mais confiável e rápida.
Impressão | Jato de tinta |
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Resolução máxima de impressão | 5760 x 1440 dpi (pontos de tamanho variável) |
Velocidade nominal para texto | 27 ppm |
Resolução do scanner | o 600 x 1200 dpi |
Conexão | USB 2.0 |
Dimensões | 51 x 14,7 x 41,3 cm |
Custo por página | R$ 0,03 |
Prós | Custo de impressão por página mais baixo que já passou pelo INFOlab na categoria de multifuncionais com jato de tinta; |
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Contras | Qualidade de impressão baixa; lenta; |
Conclusão | A L200 é uma opção econômica para quem faz muitas impressões em casa; |
Média | 7.0 |
Preço | R$ 749 |