WhatsApp: empresa dona do app foi comprada pelo Facebook por 21,8 bilhões de dólares (Divulgação/AdNews)
Lucas Agrela
Publicado em 2 de maio de 2016 às 15h37.
São Paulo – O WhatsApp foi bloqueado por três dias no Brasil, mas há uma maneira de utilizá-lo por meio de aplicativos que redirecionam o seu tráfego de internet para outro país, criando uma rede virtual privada (VPN). Porém, utilizar esse tipo de serviço, quando gratuito, pode acarretar problemas para o usuário, como o roubo de informações pessoais.
"A maioria dos aplicativos gratuitos de VPN tem esse intuito, os dados dos usuários são compartilhados com terceiros", afirmou Bruno Prado, CEO da empresa especializada em infraestrutura de segurança na internet UPX e vice-presidente da Abradi (Associação Brasileira dos Agentes Digitais), em entrevista a EXAME.com.
Ele ressalta que os dados do WhatsApp, em si, não correm risco porque o aplicativo tem criptografia ponta a ponta, mas nem todo app é assim.
"As pessoas esquecem que estão usando outros serviços, como e-mails, enquanto estão com a VPN ativa", declarou Prado, que acredita que o Facebook e o WhatsApp precisam colaborar com a Justiça brasileira.
O app Hola, que gera uma rede virtual privada, virou centro de uma polêmica no ano passado. Sem a autorização devida, a empresa vendia a conexão dos usuários para uma botnet (rede de computadores que realizam tarefas automatizadas). Fora isso, o aplicativo estava repleto de falhas de segurança, deixando seus usuários sujeitos a ataques de hackers mal-intencionados.
Porém, as VPNs pagas, normalmente utilizadas no ambiente profissional não compartilham os dados com terceiros, de acordo com seus respectivos termos de serviço (o que pode variar de caso para caso).
Sendo assim, a não ser que você assine uma rede virtual privada, como a Express VPN, a melhor maneira de contornar o bloqueio do WhatsApp no país é adotar outro aplicativo de mensagens, como o Telegram, o Hangouts ou o Facebook Messenger, na visão de Prado.