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Entenda o papel do Google na Black Friday

Lucas Agrela São Paulo – Quando pensamos em Black Friday, são as lojas online que vêm à nossa mente em primeiro lugar. Essa é uma característica do Brasil, já que a data acontece em meio a um feriado nos Estados Unidos, portanto, lojas físicas têm maior participação no evento. Nesse cenário, o Google tem um […]

Black Friday: funcionários do Google em São Paulo trabalham reunindo dados sobre buscas de produtos  / Lucas Agrela/EXAME.com

Black Friday: funcionários do Google em São Paulo trabalham reunindo dados sobre buscas de produtos / Lucas Agrela/EXAME.com

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 08h50.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h16.

Lucas Agrela

São Paulo – Quando pensamos em Black Friday, são as lojas online que vêm à nossa mente em primeiro lugar. Essa é uma característica do Brasil, já que a data acontece em meio a um feriado nos Estados Unidos, portanto, lojas físicas têm maior participação no evento. Nesse cenário, o Google tem um papel importante no nosso país: ajudar e-commerces com dados de pesquisas e até mesmo alertá-los quando um site está para sair do ar por causa do volume de acessos.

Durante a Black Friday no Brasil, o consumidor realiza diversas pesquisas em comparadores de preços, como o Zoom e o Buscapé. Lá, os eletrônicos são os produtos que lideram o interesse dos internautas. Isso também se repete nas buscas do Google. De acordo com a empresa, smartphones, televisões, eletrodomésticos e notebooks são as categorias mais procuradas na véspera do dia dos descontos.

O celular mais buscado é o Galaxy A3, da Samsung, um produto que alia câmeras razoáveis, performance suficiente para o dia a dia e preço competitivo (na faixa dos 1.100 reais). As buscas por preços cresceram. O Google informa que houve um aumento de 65% nas pesquisas relacionadas à data de descontos.

O trabalho no Google durante a Black Friday é intenso. No escritório da companhia em São Paulo, equipes de vendas e de tecnologia vão virar a noite de quinta para sexta. O objetivo é fornecer dados para parceiros que anunciam produtos no AdWords, plataforma de publicidade de produtos da empresa, bem como nos canais nos quais a receita do clique vai integralmente para o próprio gigante das buscas, que são, por exemplo, YouTube e Google Shopping.

Na empresa, os funcionários trabalham com painéis que mostram em tempo real os termos mais pesquisados no buscador, que é o mais utilizado no Brasil. De hora em hora, relatórios com essas informações são gerados e compartilhados com as varejistas online parceiras.

“Vamos munindo os varejistas com essas informações para que eles tenham os produtos mais desejados à disposição para a compra”, afirmou Claudia Sciama, diretora de vendas do Google Brasil, em entrevista a EXAME.com.

“Quando começou a Black Friday ficou com uma reputação um pouco ruim porque os varejistas não souberam trabalhar bem com a data. Eles colocavam alguns produtos com descontos, mas não comunicavam isso direito para o consumidor. Agora, a seleção de itens está mais dedicada àquilo que o consumidor realmente quer comprar”, complementa Sciama.

O planejamento do Google para a Black Friday começou em julho deste ano. São duas etapas principais no trabalho da empresa no evento: oferecer uma plataforma que ofereça dados em tempo real sobre acessos a páginas de produtos e anúncios do AdWords e acompanhar tudo que acontece ao longo do dia de descontos, com o objetivo de identificar as intensões de compras.

“Como nas eleições, há muitas pesquisas prévias, mas é no próprio dia que veremos o que realmente vai acontecer”, disse Fernando Rubbo, engenheiro de soluções de anúncios do Google Brasil.

Apesar das altas expectativas do Google para a venda de eletrônicos, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) realizou um estudo cujo resultado é que apenas 14% das fabricantes de bens de consumo eletroeletrônicos esperam crescimento nas vendas na Black Friday e no natal em relação ao ano passado. No levantamento, a maior parte das entrevistadas (57%) aguarda estabilidade e 29% projetam queda.

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