Tecnologia

Engenheiros criam chip que se autorregenera

Os pesquisadores testaram vinte dispositivos; todos os chips com capacidade de se autorregenerar registraram um consumo de energia 50% menor que aparelhos tradicionais

O sistema tem sensores programados para reagir em alta velocidade, como se fosse o sistema imunológico do corpo humano (Jeff Chang e Kaushik Dasgupta)

O sistema tem sensores programados para reagir em alta velocidade, como se fosse o sistema imunológico do corpo humano (Jeff Chang e Kaushik Dasgupta)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 15h13.

São Paulo – Engenheiros do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) criaram um chip capaz de se autorregenerar automaticamente. No futuro, chips de smartphones e computadores poderão ser feitos com essa nova tecnologia.

O chip é capaz de se consertar e manter seu funcionamento normalmente ou ainda com maior eficiência ao sofrer danos, como baixa de energia ou pane total do sistema. Isso o torna praticamente indestrutível.

O sistema tem sensores programados para reagir em alta velocidade, como se fosse o sistema imunológico do corpo humano. Também respondem a alterações, como mudança de temperatura, corrente, tensão e potência. Além disso, as informações dos sensores são transmitidas a um aplicativo que analisa as ações necessárias para consertar os problemas e as coloca em prática.

Durante o experimento, os cientistas usaram lasers superpotentes para danificar os dispositivos com os chamados amplificadores autorregenerativos. Mesmo assim, o chip ficava saudável novamente em menos de um segundo.

Por enquanto, os experimentos são feitos apenas em pequenos amplificadores. Ao somar 76 amplificadores e os recursos necessários para a autorregeneração é possível formar um dispositivo na dimensão de uma moeda.

Os pesquisadores testaram vinte dispositivos. Todos os chips com capacidade de se autorregenerar também registraram um consumo de energia 50% menor que os aparelhos tradicionais.

A nova técnica pode ser o próximo passo na evolução dos circuitos integrados. Esse sistema aplicado em chips de celulares permite que, mesmo ao sofrerem danos de alto impacto, eles sejam capazes de manter as informações do usuário seguras.

Acompanhe tudo sobre:ComputadoresIndústria eletroeletrônicaPesquisa e desenvolvimentoSmartphones

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble