Tecnologia

Empresas podem economizar com multiplicação de PCs

Novo produto permite utilização de uma única CPU por até 10 pessoas

Para usuário final, sensação é de que cada um tem um computador

Para usuário final, sensação é de que cada um tem um computador

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2010 às 11h45.

São Paulo - A rápida evolução na capacidade de processamento dos computadores traz um efeito colateral às empresas que procuram manter os equipamentos sempre atualizados. Como grande parte das atividades realizadas no dia a dia não exigem o máximo dos processadores, a maior parte dos recursos disponíveis acaba ficando ociosa e, por consequência, é convertida em desperdício de investimento.

Uma boa solução para o problema é a chamada virtualização de desktops. Funciona assim: a empresa compra um único desktop ou notebook e divide a capacidade de processamento e a memória da máquina para várias pessoas, que ficam cada uma com um teclado, um mouse e um monitor, sem que uma interfira nos programas ou arquivos utilizados por outra, e com a sensação de que cada uma tem um computador próprio.

Até agora isso era possível por meio de terminais ligados a placas PCI ou pelo cabo ethernet, mas já está disponível o compartilhamento pela porta USB, o que dispensa a instalação de hardware adicional ao computador a ser compartilhado.

O terminal U170, da NComputing, faz esse trabalho. Trata-se de uma caixinha de aproximadamente 10x8 centímetros, que deve ser ligada no computador após a instalação de um software que acompanha o produto. Depois é só ligar mouse, teclado e monitor, e duas áreas de trabalho diferentes passarão a existir usando o mesmo PC, ao mesmo tempo. Os aplicativos instalados são compartilhados entre as diferentes contas, mas podem ou não rodar simultaneamente nas duas áreas de trabalho.

Segundo a fabricante, até 10 pessoas podem usar o mesmo desktop ou notebook por meio do U170. O custo de cada um dos terminais, acompanhado de software e cabo para conexão, é de R$ 450, e o equipamento funciona tanto para Windows quanto para Linux. Além da economia no investimento inicial, já que dispensa a compra de uma CPU para cada funcionário, empresas podem cortar custos com consumo de energia, atualização de software e hardware e até com produção de lixo eletrônico.

Há ressalvas, claro. Dagoberto Freitas, diretor comercial e responsável pela operação da NComputing no Brasil, explica que para compartilhar até 10 áreas de trabalho em um computador, é preciso uma máquina com processador Intel Core 2 Duo ou similar e pelo menos 2GB de memória. Ele lembra ainda que para empresas que trabalham com jogos, edição de vídeo ou ferramentas como AutoCAD, por exemplo, e utilizam muitos recursos gráficos o compartilhamento não é aconselhável. Já para laboratórios de informática ou escritórios que utilizam apenas processador de texto e planilhas, por exemplo, o sistema funciona muito bem.

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