Internet móvel: metas exigem que as empresas que arremataram as faixas no leilão comprem, até 2014, 50% de produtos produzidos no Brasil (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h56.
São Paulo - O secretário de Serviços de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, estimou que as empresas que arremataram as faixas de 2,5 GHz irão investir de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões em infraestrutura 4G até 2018.
Martinhão, que participou nesta terça, 18, de audiência pública na comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) da Câmara dos Deputados, lembrou também que a Anatel estabeleceu "medidas de incentivo transitórias", em referência às metas de aquisição de tecnologia nacional e produtos produzidos no Brasil.
Essas metas exigem que as empresas que arremataram as faixas no leilão comprem, até 2014, 50% de produtos produzidos no Brasil, dos quais 10% com tecnologia nacional. Depois, o percentual de produtos com tecnologia nacional sobre para 15% até 2016 e 20% até 2017. Segundo ele, a exigência fez com que alguns fabricantes passassem a produzir equipamentos LTE no Brasil.
Martinhão voltou a dizer que o governo vai manter a política de aliviar no preço mínimo das faixas de 700 MHz em troca de obrigações de cobertura. Segundo Martinhão, no leilão das faixas de 2,5 GHz/450 MHz essa política significou aproximadamente R$ 4 bilhões que o governo deixou de arrecadar.
O valor é bastante significativo, tendo em vista que a arrecadação total do leilão de 2,5 GHz foi de R$ 2,93 bilhões. Martinhão, contudo, evitou comentar se o valor das contrapartidas do leilão de 700 MHz se aproximaria dos R$ 4 bilhões do leilão de 2,5 GHz/450 MHz. "Essa é a pergunta de US$ 1 milhão".
O secretário listou também outras ações do governo no sentido de estimular a banda larga. A Telebras irá investir R$ 719 milhões na construção da sua rede, além de R$ 65 milhões em redes metropolitanas resultado do compromisso do Brasil com a Fifa. O satélite geoestacionário brasileiro também foi lembrado pelo seu papel estratégico de levar a banda larga a regiões com dificuldade de ser atendida pela rede terrestre.
A previsão, segundo o secretário, é de que o fornecedor do satélite seja escolhido meados de julho. Conforme publicado por este noticiário na última segunda, 17, a Visiona (joint-venture entre Telebras e Embraer) trabalha com o prazo de 31 de julho para concluir a análise das propostas finais e contratar o fornecedor do satélite, cujo lançamento está previsto para 2015.