Tecnologia

Empresas chinesas lucram com discussões sobre espionagem

Companhias como Neusoft e ChinaSoft estão ampliando vendas e expandindo seu marketing enquanto a China troca acusações com os EUA

Engenheiros de computação trabalham na sede do Grupo Neusoft, em Shenyang, China (Natalie Behring/Bloomberg News)

Engenheiros de computação trabalham na sede do Grupo Neusoft, em Shenyang, China (Natalie Behring/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 17h46.

Xangai/Pequim - Empresas chinesas de software como Neusoft e China National Software & Service (ChinaSoft) estão ampliando vendas e expandindo seu marketing enquanto a China troca acusações de espionagem cibernética com os Estados Unidos.

Para a Neusoft, uma das maiores fornecedoras de software da China, isso significa vender mais produtos de rede e softwares de segurança da informação para governos e clientes estatais, enquanto introduz pacotes integrados de hardware e software de alto valor e serviços de consultoria.

"É compreensível que um país queira fortalecer sua segurança da informação e cibernética enquanto mantém sua independência e controle", disse à Reuters Lu Zhaoxia, vice-presidente sênior da Neusoft.

"Nos EUA e Japão, sistemas-chave são todos domésticos."

Com sede na cidade de Shenyang, os clientes da Neusoft incluem algumas das maiores estatais chinesas como State Grid e as três maiores empresas de telecomunicações do país.

As últimas discussões entre Pequim e Washington melhoraram as perspectivas para as empresas chinesas de software, que já viram aumento de vendas e de preço de suas ações, desde revelações de espionagem norte-americana feitas um ano atrás por Edward Snowden, um ex-técnico da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

Snowden também afirmou que a NSA invadiu infraestrtura crítica de rede de universidades chinesas e de Hong Kong.

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