lycos (Reprodução / Internet Archive)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 10h25.
Hoje uma das empresas mais antigas da internet, a Lycos já viveu dias melhores. Dona de um dos primeiros buscadores disponibilizados na web lançado em abril de 1995, antes do Altavista , a empresa colocou à venda, nesta semana, algumas de suas patentes relacionadas ao serviço de pesquisa, em uma tentativa de mudar de rumos e voltar a ter alguma relevância.
Essa nova leva de patentes postas à venda inclui tecnologias relacionadas a engines de busca, anúncios online e games na web. A ideia da Lycos é se desfazer delas e focar em uma nova série de produtos que incorporam hardware conectado à internet. Ao que tudo indica, portanto, a empresa vai começar a investir na área de internet das coisas.
Mas o que essa venda de tecnologias tem a ver com a nova investida? Diretamente, não muito. Mas segundo o comunicado oficial, a empresa espera também conseguir licenciar essas patentes, em um esforço para criar uma relação colaborativa e mutualmente benéfica com parceiros e outras empresas. Ou seja, a ideia não é simplesmente ganhar dinheiro, mas sim, quem sabe, garantir algum espaço na indústria.
Pode parecer até pretensioso, mas a Lycos foi responsável por desenvolver tecnologias usadas por empresas como Google e AOL até hoje. As duas gigantes inclusive foram processadas, entre 2011 e 2012, por uma pequena empresa que havia adquirido os direitos sobre algumas soluções e que quase levou 30 milhões de dólares como recompensa. O júri do caso, porém, voltou atrás na decisão que beneficiaria os trolls de patentes.
A anciã online nasceu ainda como um projeto de pesquisa do cientista Michael Loren Mauldin na Universidade Carnegie Mellon, ainda em 1994, e foi fundada de vez em abril de 1995 por Bob Daves. A ideia inicial era criar um portal sustentado por publicidade algo que viria a se tornar praticamente um padrão na web , mas a iniciativa ainda resultou em um dos primeiros buscadores a aplicar indexação de conteúdo por meio de crawlers.
Esses rastreadores também são utilizados pelo Google, por exemplo, que tem em seu software Googlebot uma ferramenta complexa, mas ainda assim similar à usada pela Lycos. Se quiser conhecer o site, aproveite que ele ainda está no ar ou veja aqui como era a página em 1996.