Uma empresa australiana chamada Touchpoint Group está trabalhando em um sistema de inteligência artificial capaz de sentir raiva. O objetivo da pesquisa não é criar robôs assassinos, mas sim ajudar bancos e empresas de telecomunicações a melhorar sua relação com clientes.

A ideia da Touchpoint é criar um banco de dados com o maior número possível de interações reais entre clientes e empresas por telefone ou e-mail. O sistema então vai mapear essas relações e estabelecer critérios que determinam quando um cliente fica satisfeito ou não com seu atendimento.

Dessa forma, o sistema poderá simular as mais diversas reações possíveis, desde elogios do cliente à empresa até os surtos de raiva que operadores de telemarketing estão acostumados a ouvir. "Nosso objetivo é criar um mecanismo que pode recomendar soluções às empresas, formas como as pessoas na linha de frente podem aprimorar questões particulares que os clientes estão enfrentando", explicou o CEO da Touchpoint, Frank van der Velden.

O sistema deve começar a operar no final do ano. A empresa já investiu 230 mil euros no projeto (cerca de 770 mil reais) e conta com o apoio financeiro de um dos maiores bancos da Austrália, que já investiu 500 mil dólares na iniciativa (1,5 milhão de reais). Companhias de telefonia também estão contribuindo com dados sobre atendimentos ao cliente.

A Touchpoint deixa claro, porém, que o programa não será realmente capaz de "sentir" raiva. O objetivo da pesquisa é criar uma inteligência artificial que aprende quais tipos de situações são "insatisfatórias" para humanos e, então, simular reações de raiva de forma genérica.

A máquina foi batizada como Radiant, em referência à série de livros de ficção científica Fundação. No universo do escritor Isaac Asimov, Prime Radiant é um supercomputador capaz de prever o comportamento das pessoas com base em análises históricas, sociológicas e estatísticas matemáticas.

Fonte: io9