OKI no Smartwatch 3: com o app da empresa, o usuário pode fazer o saque via conexão NFC em caixas eletrônicos (Divulgação/OKI)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 16h12.
São Paulo — O cartão de crédito pode ter sido revolucionário quando foi criado na década de 1920. Porém, com tanta tecnologia sendo desenvolvida diariamente, parece que até o desejado pedaço de plástico é coisa do passado.
Pelo menos é o que revelou a OKI na Ciab Febraban, o principal evento de tecnologia bancária do Brasil, que aconteceu nessa semana. A empresa japonesa fez uma parceria com a Sony para lançar o MobiCash, um ATM que permite que o usuário utilize o Sony Smartwatch 3 para fazer saques. Além disso, também é possível fazer as transações bancárias no caixa eletrônico da OKI com smartphones.
Com essa nova solução, os clientes não irão precisar usar cartões de crédito ou senhas para fazer transações bancárias. Para realizar o saque com o Smartwatch 3, o usuário precisa apenas baixar o aplicativo da OKI em um smartphone com sistema Android. Depois, ele precisa escolher o modo de saque no app e aproximar o relógio inteligente no caixa eletrônico.
As informações do saque programado serão lidas via conexão NFC pelo MobiCash. Para validar o saque, o cliente precisa identificar-se através da biometria (impressão digital ou leitura das veias das mãos).
Segundo a OKI, toda a transação dura em média 15 segundos, ou seja, um terço da operação feita em um caixa eletrônico tradicional. Portanto, esse serviço aumenta a praticidade e a segurança do cliente, já que ele não perde tempo procurando o cartão na carteira e não fica exposto aos ladrões por um longo período.
Dois bancos nacionais já se interessaram pela tecnologia, de acordo com a empresa. A OKI espera que o MobiCash entre no mercado nos próximos seis meses.
Uma tecnologia parecida com a do OKI foi apresentada pela Saque e Pague. A solução da empresa transforma o smartphone em dispositivo de acesso a caixas eletrônicos. A novidade dispensa o uso do cartão de crédito, como o MobiCash da OKI.
Segundo Givanildo Luz, presidente da Saque e Pague, a solução amplia a segurança das transações. “Nós podemos eliminar as fraudes de clonagem de cartão, já que o token estará embutido no celular e toda a comunicação entre os dispositivos será criptografada”, conta Luz.
Para realizar as transações, o usuário tem que baixar o aplicativo da Saque e Pague, que está disponível para smartphones com Android e iPhones.
Com o download feito, ele precisa capturar a imagem de um criptograma colorido (parecido com o QR code), que é exibido na tela do caixa eletrônico, com a câmera do smartphone. Um número de PIN de seis dígitos é gerado no app. Essa senha deve ser utilizada no terminal para realizar saques e outras transações.
O caminho para que o saque seja realizado pelo ATM da Saque e Pague é um pouco mais tortuoso do que o oferecido pela OKI. Isso acontece, pois a conexão NFC é mais rápida do que o uso de QR codes e números de PIN. No entanto, a solução da Saque e Pague é mais segura, pois um novo QR code precisa ser gerado toda vez que você vai fazer um saque.
A Saque e Pague já oferece seus caixas eletrônicos para quatro bancos no Brasil (Banrisul, Banpará, Banese e Banco Topázio). “Nós estamos firmando parcerias com outros grandes bancos brasileiros e internacionais”, conta o presidente da empresa.
Outra inovação apresentada pela Saque e Pague foram os depósitos em dinheiro sem envelopes nos caixas eletrônicos. Segundo a empresa, até 200 cédulas podem ser colocadas de uma única vez.
“Geralmente, os ATMs aceitam depósitos apenas com envelopes com, no máximo, 50 cédulas”, conta Givanildo Luz. Após o depósito ser feito, o caixa eletrônico valida as cédulas e faz a compensação do dinheiro automaticamente.
“Se a nota estiver danificada, o ATM a devolve para o cliente. Isso faz com que a incidência de cédulas falsas diminua drasticamente”, diz o presidente da Saque e Pague.
De acordo com Luz, a empresa acreditava que 82% das transações feitas nos caixas eletrônicos eram saques e que apenas 18% eram depósitos. “Nós descobrimos que, na realidade, 60% das transações são depósitos. Por isso, decidimos criar essa tecnologia”, conta o presidente.