Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2016 às 00h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.
O solo é praticamente ferrugem, levada de polo a polo por intensas tempestades. A atmosfera é tóxica. A água só parece existir de forma sólida e ser de difícil acesso. Assim é Marte, o quarto planeta de nosso Sistema Solar. Mas, mesmo assim, o multi-empresário Elon Musk deve anunciar um plano ambicioso nesta terça-feira: levar humanos até o planeta vermelho em menos de dez anos.
A SpaceX – que já leva suprimentos até a Estação Espacial Internacional – foi fundada em 2002 por Musk com esse objetivo. A primeira etapa da nova jornada será lançar um foguete não-tripulado até Marte em 2018. Se tudo sair como planejado, um foguete com capacidade para 100 pessoas, chamado de Sistema Interplanetário de Transporte, partirá da Terra em 2024 e chegará a Marte em 2025.
Ao revelar o plano com detalhes nesta terça-feira, Musk espera atrair cientistas interessados em trabalhar no projeto e o apoio financeiro, sobretudo do governo americano por meio da Nasa. No Twttier, Musk já deu uma prévia do que vem por aí ao postar a imagem de um poderoso motor de foguete alimentado por metano líquido.
A própria Nasa trabalha em um projeto paralelo no planeta vermelho, enviando sondas e robôs ao planeta desde a década de 1990. E uma parceria com a SpaceX poderia antecipar a meta de viagens tripuladas a Marte estabelecida pela agência como 2030. A parceria com o setor privado tem sido benéfica para a agência ao descentralizar desenvolvimento e dividir responsabilidades. E, nesse caso, nada melhor que dividir responsabilidades com uma bilionário que sonha, desde criança, em ser o primeiro homem a pisar no solo enferrujado de Marte.