Black Mirror: realidade ainda está longe da ficção científica (Black Mirror/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 28 de março de 2017 às 09h00.
Última atualização em 28 de março de 2017 às 09h00.
São Paulo – Neuralink Corp, este é o nome da nova empresa do bilionário Elon Musk, CEO da montadora Tesla e da empresa de foguetes SpaceX.
Musk tem uma meta ousada em sua nova empreitada: conectar o cérebro de seres humanos a máquinas. Com isso, poderíamos nos comunicar com eletrônicos sem precisar interagir com uma interface.
Esse laço neural envolve a utilização de eletrodos implantados no cérebro para que possamos transferir nossos pensamentos para um computador ou vice-versa.
Segundo reportagem do Wall Street Journal – a primeira a ligar Elon Musk com a Neuralink –, isso pode permitir que os humanos atinjam um novo nível de sofisticação cognitiva.
Maybe next month
— Elon Musk (@elonmusk) January 25, 2017
O bilionário já disse no passado que a fusão com máquinas é a única coisa que impediria os humanos de virar futuros escravos da inteligência artificial que está em desenvolvimento atualmente.
"Não gosto da ideia de ser um gato de estimação, mas qual é a solução? Acredito que uma das soluções seria adicionar uma camada de inteligência artificial a nós. Uma terceira camada digital que funcione bem e de maneira simbiótica", declarou Musk.
A Neuralink ainda está em um estágio embrionário de desenvolvimento e não tem presença pública ou detalhamento do que já conseguiu realizar. A empresa foi fundada em julho de 2015 e agora ganha evidência com a reportagem do WSJ que a liga ao bilionário Musk.
Segundo o The Verge, uma companhia do Vale do Silício chamada Kernel já financia uma pesquisa em uma universidade da Califórnia para melhorar a capacidade cognitiva humana.
A ideia é reverter efeitos neurodegenerativos de doenças, além de tornar nossos cérebros melhores com implantes eletrônicos. O fundador da empresa, Bryan Johnson, também confirmou ao site o envolvimento de Musk com a Neuralink.
O Business Insider lembra que o Facebook também explora uma tecnologia semelhante com sua divisão de hardware. Chamada Building 8, ela desenvolve uma tecnologia não invasiva para permitir que as pessoas se comuniquem com eletrônicos.