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Elon Musk anuncia construção da maior bateria elétrica do mundo

Fundador da Tesla vai instalar no sul da Austrália a maior bateria de íons de lítio já construída na história. E prometeu entregá-la em apenas 100 dias

 (Bill Pugliano/Getty Images)

(Bill Pugliano/Getty Images)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 8 de julho de 2017 às 11h34.

Última atualização em 8 de julho de 2017 às 12h01.

São Paulo - Famoso por alimentar planos para lá de ambiciosos, o bilionário Elon Musk, fundador da Tesla, anunciou que instalará no sul da Austrália a maior bateria de íons de lítio de todos os tempos para armazenar energia renovável.

Em parceria com a empresa francesa Neoen, a Tesla pretende construir uma bateria capaz de produzir 129 megawatts por hora. O projeto integra um programa do governo australiano para aumentar a segurança da rede elétrica da região sul do país após um blecaute ocorrido em 2016.

Em sua conta no Twitter, Musk disse que conseguirá entregar o projeto finalizado para os australianos em apenas 100 dias —  e que, se não cumprir a promessa, a bateria sairá de graça para o governo do país.

O sistema será instalado perto da cidade de Jamestown, a cerca de 200 quilômetros de Adelaide, e funcionará de forma acoplada ao parque eólico Hornsdale.

Segundo o jornal britânico “The Guardian”, Musk admitiu que construir uma bateria com proporções tão gigantescas traz desafios técnicos consideráveis. “Quando se faz algo três vezes maior do que o normal, será que ainda funciona bem? Nós achamos que sim, mas existe algum risco”, disse o bilionário.

Não é a primeira vez que ele se aventura em um projeto desse tipo. Recentemente, a empresa completou a instalação de um complexo de baterias elétricas no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, com produção de 80 megawatts por hora. Concluído em 90 dias, o projeto custou algo em torno de 100 milhões de dólares.

Um eventual fracasso da construção da bateria gigante na Austrália traria à Tesla um prejuízo de cerca de 50 milhões de dólares. Se tudo correr bem, contudo, a novidade pode ajudar a estabilizar a rede elétrica da região e, de quebra, reduzir os preços para os consumidores.

Tim Flannery, líder do Climate Council, organização australiana ligada à conservação ambiental, elogiou a novidade. “O sul da Austrália se une à Califórnia para demonstrar que energia renovável e tecnologias de armazenamento podem impulsionar a economia de forma barata e limpa”, disse ele ao “Guardian”.

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