A implantação de smart grid busca reduzir as perdas por ligações clandestinas e o acesso não autorizado às linhas de transmissão (Tiago Queiroz)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 12h12.
São Paulo - A Eletrobras pretende implantar e equipamentos de comunicação em suas redes para torná-las mais inteligentes e dotá-las de tecnologias de smart grid.
O projeto vai demandar US$ 709 milhões, sendo que US$ 495 milhões são oriundos de empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e os restantes US$ 214 milhões virão do caixa da companhia. A amortização da dívida com o banco será em 13 anos, após um prazo de carência, no qual os pagamentos estão congelados.
Embora as condições do empréstimo estejam negociadas e a execução do projeto traçada, as obras de modernização das redes do sistema Eletrobras só devem começar em meados de 2012. O prazo médio para o término da modernização das redes é de quatro anos.
Antes de sair do papel os termos das licitações e contratações de equipamentos e mão-de-obra devem ser aprovados mutuamente entre o banco e a Eletrobras, comenta Paulo Lucena, diretor da divisão de análise e acompanhamento de gestão técnica e distribuição da estatal de energia.
“Eles querem uma licitação plural, com espaço para quem quiser participar, mas temos que levar em conta que as tecnologias usadas sejam em benefício regional e com as devidas certificações cobradas pela legislação”, pontua.
O projeto de implantação de smart grid deve atender às seguintes empresas do grupo, nas regiões Norte e Nordeste: Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e Eletrobras Distribuição Alagoas. “Nosso foco é a redução das perdas por ligações clandestinas e acesso não autorizado às linhas de transmissão”.
A tecnologia de smart grids exige também uma forte plataforma de comunicação atrelada para viabilizar os serviços inteligentes. Em muitos casos, as empresas de energia podem se tornar grandes consumidoras de capacidade de redes de telecomunicações e até mesmo provedoras de capacidade.