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Eleições no Brasil estão em risco? Edward Snowden responde

Ex-agente de inteligência do governo americano acredita que solução seria criar uma regra global contra interferências

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 12h40.

Última atualização em 22 de agosto de 2018 às 15h16.

São Paulo – Edward Snowden, ex-agente de segurança norte-americana da NSA e conhecido mundialmente por revelar um programa de monitoramento de massa de cidadãos nacionais e internacionais, disse que os países não estão livres de interferência do exterior durante períodos eleitorais. Snowden participou do EXAME Fórum Segurança da Informação, realizado nesta quarta-feira (22), em São Paulo.

Em entrevista a Filipe Serrano, editor de EXAME, Snowden foi perguntado sobre a possibilidade de termos um sistema democrático justo em um mundo monitorado. A resposta é de que nenhum país está livre de interferência alheia.

“Isso parte do pressuposto de que as eleições sempre foram justas no passado. A manipulação das eleições está entre os trabalhos de agências de inteligência de outros países, como os vizinhos, especialmente nos países mais ricos do mundo. Dentro desses grupos, os terroristas não são vistos como grandes ameaças. Esses programas de monitoramento não são sobre segurança pública, são sobre hackear”, disse.

A solução apontada por Snowden seria a criação de uma regra global contra interferências em eleições.

“Tem que haver um comportamento de bloco, não pode ser tratado como nacional ou internacional. Com isso, se a Rússia fosse pega em uma interferência nas eleições americanas, ela respondera à lei. O mesmo aconteceria com a influência americana na América Latina ou na Europa”, declarou Snowden.

Após contar ao mundo sobre o programa de monitoramento dos Estados Unidos em 2013, Snowden permanece na Rússia e participou do EXAME Fórum por videoconferência.

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