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Edital aumenta número de banda larga em escolas e sofre críticas

Brasília - Os representantes das empresas de telecomunicações criticaram a primeira versão do edital da licitação que pretende aumentar de 12 mil para mais de 107 mil o número de pontos com banda larga por intermédio do Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) - programa de inclusão digital coordenado pelo Ministério das Comunicações […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Os representantes das empresas de telecomunicações criticaram a primeira versão do edital da licitação que pretende aumentar de 12 mil para mais de 107 mil o número de pontos com banda larga por intermédio do Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) - programa de inclusão digital coordenado pelo Ministério das Comunicações e criado para conectar órgãos públicas como escolas, bibliotecas e telecentros à internet.

Representante da Intelig, Eduardo Ferreira disse que "nem se juntassem todas as empresas" que foram à audiência pública de hoje (6), destinada a aperfeiçoar o edital, seria possível alcançar a meta de atingir 107 mil pontos. "Esse edital, preparado pelo governo, é surrealista e apresenta uma demanda que está fora da realidade." Ele sugeriu a divisão da demanda em lotes e a apresentação dos endereços onde serão instalados os 107 mil pontos.

"Ao não apresentar os endereços, o edital condiciona os novos pontos a satélites. Só que para dar conta dessa demanda seriam necessários pelo menos 13 satélites similares aos já existentes. É impossível", acrescentou Ferreira.

Os argumentos do representante da Intelig foram reforçados pela Viasat, empresa que produz satélite e produtos de comunicação digital. "Pelo que aparenta o edital, há fortes possibilidades de que a maior parte [das conexões] seja feita apenas por satélites. Mas para atingir essa capacidade seriam necessários pelo menos oito anos [para que os satélites sejam preparados]", disse o gerente regional da Viasat, Carlos Brutti.

Diante disso, o coordenador-geral de Projetos Especiais do Ministério das Comunicações, Carlos Paiva, resolveu adiar a publicação do novo edital. "Aguardaremos as contribuições das empresas até o dia 31 de julho para depois apresentar uma nova versão do documento."

Responsável pela preparação do edital, Paiva assinalou ainda que há possibilidade de os 107 mil pontos serem divididos em lotes. Ele garantiu que apresentará para as empresas os endereços dos pontos para ajudá-las a identificar em cada um deles se a tecnologia adotada será via satélite, ADSL ou rádio.

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