E-mail: ele ainda não está morto, segundo Tim Campos, chefe de inovação (CIO) do Facebook (Simon Stratford/Stock Exchange)
Lucas Agrela
Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 20h45.
São Paulo - O e-mail ainda não está morto, segundo Tim Campos, chefe de inovação (CIO) do Facebook.
Em uma entrevista ao Wall Street Journal, publicada nesta segunda-feira (23), Campos afirmou que os funcionários da rede social ainda trocam mensagens eletrônicas de forma convencional especialmente para se comunicarem com pessoas de fora da empresa.
Já para conversar com colegas de trabalho, a companhia adota grupos no Facebook.
"Se eu tenho uma mensagem para toda a empresa, é muito mais fácil publicá-la em um grupo. Se as pessoas estiverem interessadas, elas podem comentar ou colaborar no assunto. Podem postar vídeos, imagens ou links para documentos. É simples e fácil. E não tem spam", declarou Campos.
"Acreditamos que o Facebook é muito mais efetivo que o e-mail. Podemos usar e-mails quando nos comunicamos com pessoas de fora."
Produtividade - Na entrevista, Campos contou também que uma série de ferramentas de automação são essenciais para manter a produtividade do Facebook.
Tarefas como reservar uma sala para uma reunião, agendar reparos em um data center ou até mesmo encontrar uma vaga no estacionamento foram automatizadas com ferramentas desenvolvidas internamente.
"É libertador. Cada vez mais a automação nos liberta de tarefas mundanas para que possamos manter o foco no que somos realmente apaixonados", declarou Campos.
O CIO diz ainda que o Facebook tem um software criado por seus funcionários para a gestão de campanhas publicitárias.
Quando uma empresa encontra um problema com um anúncio, o Facebook pode identificar o que está acontecendo com base em todas as informações que possui.
Segurança - O Facebook adota soluções de análise de dados para manter a segurança na empresa.
"Talvez haja muito tráfego em um servidor de e-mail e muitas coisas acontecendo em um local, mas ambas as situações são incomuns. Talvez elas estejam relacionadas", disse.
Sem entrar em detalhes, Campos afirmou que detectar coisas assim é como se extrai o verdadeiro valor do Big Data para a segurança.